DryBath: vai um banho sem água?
Um estudante universitário criou um gel antibacteriano que cumpre a função de um banho… mas sem recurso a água. A fórmula inovadora já foi premiada
O sul-africano Ludwick Marishane, de 22 anos, desenvolveu, em cerca de seis meses, o primeiro banho do mundo sem água.
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O sul-africano Ludwick Marishane, de 22 anos, desenvolveu, em cerca de seis meses, o primeiro banho do mundo sem água.
Chama-se DryBath (banho seco) e a ideia já lhe valeu o prémio de Estudante Empreendedor do Ano (2011) da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul. O objectivo? Salvar vidas em locais onde a água escasseia.
A ideia – que já vem da adolescência – nasceu para “solucionar” a preguiça de um colega de Marishane na hora de tomar banho.
Porém, a ambição do estudante universitário levou-o a pensar mais alto: para além de poder ser usado em longas viagens de avião, por exemplo, o DryBath evitará doenças relacionadas com a falta de higiene, tais como a tracoma ou a diarreia.
Só em África, acrescenta, existem mais de 450 milhões de pessoas sem acesso à água ou a condições básicas de saneamento.
O gel resulta de uma mistura de um biocida, bioflavonóides e hidratantes e a aplicação deve ser feita sobre a pele – à semelhança de um creme comum – sendo que a fórmula antibacteriana promete eliminar 99,9 por cento das bactérias.
Marishane já iniciou a negociação com companhias aéreas, exércitos, empresas e governos. Apercebendo-se que as pessoas mais pobres compram à unidade e não em grandes quantidades, o preço de cada embalagem individual foi estipulado em meio dólar (cerca de 40 cêntimos) para as comunidades mais pobres e a 1,5 dólares (aproximadamente um euro e 20 cêntimos) para empresas de transporte aéreo e hotéis.
Em 2014, o produto deverá ser comercializado em todo o mundo.