Penáltis “à Panenka” são chave de sucesso

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Ramos bateu Patrício Foto: Pierre-Philippe Marcou/AFP

A lenda começou no Europeu de 1976. A final opôs a ex-República Federal Alemã e a Checoslováquia e acabou decidida nos penáltis. Antonín Panenka tinha o título nos pés e surpreendeu o mundo do futebol ao picar a bola com tranquilidade para o meio da baliza, com o guarda-redes alemão a atirar-se para um dos lados. O estilo vingou e foi Portugal a sofrer a sua “maldição” num Europeu.

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A lenda começou no Europeu de 1976. A final opôs a ex-República Federal Alemã e a Checoslováquia e acabou decidida nos penáltis. Antonín Panenka tinha o título nos pés e surpreendeu o mundo do futebol ao picar a bola com tranquilidade para o meio da baliza, com o guarda-redes alemão a atirar-se para um dos lados. O estilo vingou e foi Portugal a sofrer a sua “maldição” num Europeu.

Coincidência ou não, Bruno Alves falhou o penálti que se seguiu ao de Sergio Ramos, tal como o inglês Ashley Young falhara após a habilidade de Pirlo. O efeito psicológico sobre os adversários parece dar frutos.

Esta foi a terceira vez que a selecção nacional foi obrigada a decidir por penáltis um jogo da fase final e, pela primeira vez, não celebrou a sorte. Em 2004 e no Mundial de 2006, também nos quartos-de-final e novamente com os britânicos como vítimas, a história foi bem diferente.

Frente à Espanha, os portugueses disputaram ainda o quinto prolongamento da sua história, tendo sido afastados por duas ocasiões no tempo-extra (onde nunca venceu um jogo), ambas com a França, no Europeu de 1984 e no Mundial de 2006. Nas restantes três, foram os penáltis a decidir.

Portugal ultrapassou a fase de grupos em oito ocasiões em dez presenças, sendo as meias-finais a grande maldição: pela quinta vez em seis presenças, a equipa lusa ficou à porta da final, tal como acontecera nos Mundiais 1966 e 2006 e nos Europeus 1984 e 2000.