A Idade do Gelo 4 - Deriva Continental

Cada vez faz mais sentido pegar na série da Idade do Gelo e olhar para ela como uma versão “moderna” dos velhos Flintstones da Idade da Pedra. Não só devido à abordagem fantasiosa aos tempos pré-históricos como também ao conceito, cada vez mais evidente, que do que se fala nas aventuras de Manny o mamute, Sid a preguiça e Diego o tigre é da célula familiar e do modo como ela resiste ainda e sempre às aventuras mais ou menos perigosas em que as alterações climáticas os metem. E depois de um bem divertido terceiro episódio em que o pessoal se confrontava com os dinossáurios e com uma doninha desvairada, esta quarta aventura, que coloca os heróis separados pela deriva dos continentes, consegue a proeza de manter a fasquia da série, entre o humor familiar à Flintstones e o espírito anárquico e absurdo dos velhos cartoons da Warner. Essa anarquia, por uma vez, não se restringe às aventuras desastrosas do esquilo Scrat e da bolota fugidia (à qual se devem alguns dos mais deliciosos gagues do filme) mas expande-se para a genial e caturra avó preguiça e para o desvairadíssimo navio pirata liderado por um gorila de mau feitio. Fossem todos os blockbusters tão sólidos e bem construídos como esta animação e estava o estado do cinema americano muito melhor.

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Cada vez faz mais sentido pegar na série da Idade do Gelo e olhar para ela como uma versão “moderna” dos velhos Flintstones da Idade da Pedra. Não só devido à abordagem fantasiosa aos tempos pré-históricos como também ao conceito, cada vez mais evidente, que do que se fala nas aventuras de Manny o mamute, Sid a preguiça e Diego o tigre é da célula familiar e do modo como ela resiste ainda e sempre às aventuras mais ou menos perigosas em que as alterações climáticas os metem. E depois de um bem divertido terceiro episódio em que o pessoal se confrontava com os dinossáurios e com uma doninha desvairada, esta quarta aventura, que coloca os heróis separados pela deriva dos continentes, consegue a proeza de manter a fasquia da série, entre o humor familiar à Flintstones e o espírito anárquico e absurdo dos velhos cartoons da Warner. Essa anarquia, por uma vez, não se restringe às aventuras desastrosas do esquilo Scrat e da bolota fugidia (à qual se devem alguns dos mais deliciosos gagues do filme) mas expande-se para a genial e caturra avó preguiça e para o desvairadíssimo navio pirata liderado por um gorila de mau feitio. Fossem todos os blockbusters tão sólidos e bem construídos como esta animação e estava o estado do cinema americano muito melhor.