A reconciliação na África do Sul ainda por cumprir
“É algo que nos salta à vista, ainda hoje. As coisas que acontecem aos palestinianos lembram-nos tanto as coisas que costumavam acontecer na África do Sul”, disse ao PÚBLICO numa entrevista a publicar esta segunda-feira, dia em que participa, ao lado de Jorge Sampaio, alto-representante das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações, na conferência pública “Diálogos sobre a Paz e o Desenvolvimento Sustentável”, às 18h30, na Fundação Gulbenkian em Lisboa.
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“É algo que nos salta à vista, ainda hoje. As coisas que acontecem aos palestinianos lembram-nos tanto as coisas que costumavam acontecer na África do Sul”, disse ao PÚBLICO numa entrevista a publicar esta segunda-feira, dia em que participa, ao lado de Jorge Sampaio, alto-representante das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações, na conferência pública “Diálogos sobre a Paz e o Desenvolvimento Sustentável”, às 18h30, na Fundação Gulbenkian em Lisboa.
Quando Desmond Tutu chegou a Portugal ontem, uma das notícias a correr mundo era a expulsão de imigrantes negros de Israel insultados pelo próprio primeiro-ministro Netanyau de serem “um cancro do nosso corpo”. Sinal de que o mundo está pior do que aquilo que era quando o arcebispo da Igreja Anglicana, conhecido como “a voz dos que não têm voz”, lutou contra o “apartheid”?
Na África do Sul, muito se percorreu, muito se conquistou. Mas a reconciliação ainda está por cumprir. “As coisas não acontecem assim de repente. É um processo. Em muitos lugares, vai demorar algum tempo até se chegar ao ponto em que as pessoas deixam de usar a raça como algo com que agredir o outro”, diz. “Mas as mudanças aconteceram e estão a acontecer.” No mundo, os protestos são um sinal de que as pessoas procuram uma sociedade mais equilibrada e justa.
Leia entrevista na íntegra no PÚBLICO desta segunda e na edição online exclusiva para assinantes.