Vimeo Awards premeia realizadores na Internet
“Symmetry” foi o grande vencedor dos Vimeo Awards, num festival em que também se destacaram Alfred Hitchcock, Manchester Orchestra e os louva-a-deus
Nesta segunda edição dos Vimeo Awards, mais de 14500 projectos, de 147 países, estiveram a concurso nas treze categorias do festival que pretende celebrar o que de mais criativo se faz com uma câmara de filmar.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Nesta segunda edição dos Vimeo Awards, mais de 14500 projectos, de 147 países, estiveram a concurso nas treze categorias do festival que pretende celebrar o que de mais criativo se faz com uma câmara de filmar.
Para um jovem aspirante a realizador, pode não ser fácil chegar a cerimónias como os Óscares ou Cannes, mas os prémios da plataforma de partilha de vídeos Vimeo podem ser um começo. Basta, para isso, submeter o projecto no site. Para esta segunda edição, os Vimeo Awards receberam 14567 vídeos e voltaram a premiar os realizadores que têm a Internet como a sua tela de cinema.
A simetria do mundo em que vivemos, filmada pelo colectivo de realizadores Everyone em “Symmetry”, foi o vídeo mais aclamado do evento. Recebeu, por isso, 25 mil dólares e mais cinco mil dólares por também ser o vencedor da categoria Lírico.
O director dos Vimeo Awards, Jeremy Boxer, realçou que "Symmetry mostra a filosofia do festival, além de ser uma obra sensacional”. Na cerimónia, que se realizou em Nova Iorque, foram, ainda, premiados mais doze vídeos nas restantes categorias. Alfred Hitchcock também foi um dos vencedores. O projecto Rear Window Timelapse, vídeo que junta cenas de vários filmes do realizador nos prédios de um bairro, valeu a Jeff Desom o prémio na categoria Remix.
O galardão de melhor Documentário foi para Amar (All Great Achievements Require Time), a história de um rapaz que, na sua bicicleta, distribui jornais de madrugada, vai para a escola e desloca-se até à loja local onde trabalha, regressando a casa depois das 22 horas.
Um CEO que nos ensina que apenas é preciso uma atitude egocêntrica e muitos palavrões para conseguir gerir uma empresa como se quer, no vídeo K-Swiss – Kenny Powers MFCEO, venceu o prémio Publicidade, enquanto os louva-a-deus foram as personagens do Prie Dieu, vídeo considerado o melhor na categoria Experimental. Segundo os realizadores deste filme, nenhum insecto ficou ferido durante as gravações.
Além da Internet ser a tela destes vídeos, os muros e as paredes foram também as telas de artistas que “pintam” imagens em movimento pela Europa, no projecto Sweatshoppe Video Painting Europe, vencedor da Capture, categoria que premeia os vídeos que “captam” a expressão dos artistas como tema.
Simple Math, do grupo Manchester Orchestra, recebeu o prémio de melhor Vídeo Musical, Dark Side OF The Lens (sobre a aventura de filmar o Surf no mar, mostrando “a vida marítima em ângulos”) foi eleito o melhor na categoria de Desportos Radicais e Umbra (uma história sobre um “explorador que se aventura num mundo desconhecido, mas que, no entanto, parece já lá ter estado antes”), venceu a categoria Animação, entre outros vencedores da noite.
Na bancada de júris estiveram o actor e realizador James Franco, a realizadora nomeada para um Oscar, Lucy Walker; o realizador Edgar Wright, Collin Greenwod, baterista do Radiohead e, também, Shellen Page, da produtora DreamWorks. O festival decorre até amanhã, dia 9 de Junho.