Portugal vai pedir à Comissão Europeia mais bolsas para o Programa Erasmus
Nuno Crato explicou que o Ministério da Educação reúne-se na próxima segunda-feira com a comissária europeia para a Cultura e Educação, Androulla Vassiliou.
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Nuno Crato explicou que o Ministério da Educação reúne-se na próxima segunda-feira com a comissária europeia para a Cultura e Educação, Androulla Vassiliou.
“Nós estamos a trabalhar com a Comissão Europeia” e “vamos pedir que as bolsas sejam aumentadas”, já que “é importante manter este programa e reforçá-lo”, frisou o governante que aproveitou para salientar que, “desde que existe, há 25 anos, este foi o ano em que houve mais estudantes Erasmus”.
Isto significa que, “num momento de tremendas dificuldades financeiras, as famílias e os jovens continuaram a apostar na educação”, sustentou.
O governante sublinhou ainda que “o Erasmus é algo fundamental” e desafiou a plateia, constituída por jovens estudantes do ensino secundário e superior, a “não deixarem passar ao lado a possibilidade de terem outra experiência no estrangeiro”.
No final da intervenção, Nuno Crato, que se escusou a fazer quaisquer declarações aos jornalistas, foi abordado pelo presidente da Comunidade Intermunicipal do Pinhal Interior Norte, que lhe entregou um documento no qual expressa preocupação sobre o destino das escolas profissionais naquela região.
“Está em causa a sobrevivência das escolas”, numa zona “social e economicamente débil”, disse João Marques à Lusa.
A redução do financiamento das horas de formação e a exigência de um número mínimo de alunos – que passa de 18 para 26 – “pode provocar um êxodo dos técnicos que leccionam nestas instituições” e retirar a possibilidade de escolha a estudantes “que vivem já numa região deprimida”, destacou o autarca.
Uma das soluções apresentadas no documento entregue ao ministro foi a hipótese das turmas poderem ser desdobradas, mantendo em comum a formação geral e científica, garantindo, ao mesmo tempo, um reforço financeiro.