Oliva Creative Factory: que podem fazer por uma cidade as indústrias criativas?
O novo centro de indústrias criativas está em construção no Polo 2 da antiga metalúrgica Oliva, em São João da Madeira.
A Câmara de S. João da Madeira lançou, oficialmente, esta quarta-feira, a Oliva Creative Factory, que para Castro Almeida, seu presidente, é um instrumento para a cidade “andar à frente” e para o especialista Charles Landry uma oportunidade de ela se afirmar “no mapa”.
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A Câmara de S. João da Madeira lançou, oficialmente, esta quarta-feira, a Oliva Creative Factory, que para Castro Almeida, seu presidente, é um instrumento para a cidade “andar à frente” e para o especialista Charles Landry uma oportunidade de ela se afirmar “no mapa”.
O novo centro de indústrias criativas está em construção no Polo 2 da antiga metalúrgica Oliva, que se tornou emblemática pela sua produção de máquinas de costura e banheiras, e as obras deverão terminar em meados de 2013, quando, além de uma incubadora de empresas de moda, design de produto, software, web design e multimédia, também surgirá no local uma galeria de arte contemporânea, uma escola de dança, oficinas de restauro e um espaço de ensaios para as produções a apresentar na futura Casa da Criatividade.
Castro Almeida, presidente da Câmara Municipal, afirma que essa nova gama de oferta empresarial recupera o legado que deu origem à criação da primeira Oliva — que foi “um dos principais empreendimentos geradores de riqueza e desenvolvimento no concelho” — e garantiu à Lusa: “O legado que a Oliva Creative Factory reivindica para si é o exemplo dos seus melhores anos e a sua notável apetência para andar à frente do seu tempo”.
Criatividade e inovação
Para o autarca, “criatividade e inovação são as ferramentas das indústrias de futuro e a chave para os negócios de sucesso”, pelo que a estratégia do município “assenta na qualificação da cadeia de valor das actividades tradicionais e, em simultâneo, no incremento dos sectores emergentes, para diversificação da base empresarial do concelho”.
A recuperação das antigas instalações da Oliva representou, nesse contexto, um desafio superado a vários níveis, não só pelo que acrescenta ao tecido empresarial da região Norte em termos de empreendedorismo, mas também pelo que significa de valorização urbanística e ambiental num espaço “que se encontrava em ruínas e que constituía um problema por resolver no centro da cidade”.
Já para o britânico Charles Landry, apontado pela autarquia como “uma autoridade internacional no uso da imaginação e da criatividade em mudanças urbanas”, a Oliva Creative Factory “é uma resposta importante ao desafio de tornar as cidades mais atraentes e vibrantes para o futuro”. No lançamento oficial da nova estrutura da Oliva, o especialista propõe-se “reflectir sobre o que mais São João da Madeira poderá fazer para se colocar no mapa” e recomenda já: “É preciso que as cidades possam responder a estes desafios com imaginação e estilo, para acompanhar uma sociedade em que as pessoas talentosas têm cada vez mais mobilidade”.