Monster Jinx

Gostamos de inquéritos — e de música. Decidimos encostar à parede pequenas editoras portuguesas. Eles são muitos e estão quase a fazer quatro aninhos. A festa é dia 30 de Junho no Café au Lait, no Porto (onde têm uma residência semanal)

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Fernando Veludo/nFactos

Ninguém vos disse que já não se vive da música?

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Ninguém vos disse que já não se vive da música?

Toda a gente nos disse — e ainda nos diz — isso. Ainda bem porque também é uma razão para existirmos. Há cerca de quatro anos apresentamos um projecto a inúmeras editoras na esperança que alguma o editasse, mas a resposta da maioria delas foi que tínhamos toda a viabilidade artística do mundo, mas nenhuma viabilidade comercial. E assim nasceu a Monster Jinx. Para pôr um selo naquilo que lançamos e no que gostamos de fazer. Assim, a única pressão que temos vem da nossa gana.

Escolheram o nome da vossa editora numa noitada de scrabble?

Parecido, foi num chat do Gmail.

Que bandas de outra editora levariam para uma ilha deserta?

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Luís Octávio Costa e Amanda Ribeiro têm saudades do inquérito da revista Pública

Cada um dos nossos membros daria uma resposta diferente. Os únicos que reúnem consenso são os artistas da LuckyMe em 2010, da Def Jux em 2002 e o holograma do Roger Troutman em qualquer altura da vida.

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A vossa editora tem sotaque?

Sotaque do Porto, da margem Sul e do Congo.

Quando foi a última vez que encheram os bolsos — e o ego?

Os bolsos andam rotos. O ego enchemos sempre que temos "feedback" dos nossos fãs, quando nos reconhecem em sítios mesmo inóspitos, quando vemos citações das nossas músicas no Facebook de pessoas que não conhecemos... recentemente, para mencionar só o último mês, enchemos muito o nosso ego de orgulho com a participação do Stray no Pensar Fora da Caixa e com a actuação de Min&Supa a abrir para o Lil B.

Um álbum também se come com os olhos. Quem é o verdadeiro artista?

É a Min. Ela é nossa directora artística, designer, ilustradora, tudo o que envolver visualmente a nossa marca. Desde o dia zero da Monster Jinx que tivemos uma grande preocupação em ter uma presença gráfica forte e única. Tanto é que temos muitos fãs que chegam a nós através do nosso "artwork" antes de ouvirem sequer a música. A nossa abordagem passou sempre por ter um cuidado extremo com todos os aspectos dos nossos produtos. A Min garante que todos os nossos discos têm um universo gráfico bonito, bem pensado e à nossa medida, da mesma maneira que o Stray garante que todas os nossos "press releases" são bons de ler e por aí fora. Pensamos na experiência toda.

Qual é o melhor sítio para ouvir música?

SoundCrate Studio. E Café au Lait à quinta-feira.

E que tal uma piada seca?

Invocando o grande Lame Pun Coon: "What is Mozart doing right now? De-composing" ("ba dum tss").