MIMA House: casa portuguesa está a ser vendida do Brasil ao Canadá
Acordo com uma fábrica do Norte do país permite dar resposta às centenas de encomendas que chegaram de vários países
Em poucos meses, o projecto da premiada MIMA House, de dois jovens arquitectos de Viana do Castelo, passou da fase experimental para a de comercialização. Graças a um acordo com uma fábrica da região, a dupla pode começar a dar resposta a centenas de encomendas destas casas prefabricadas de inspiração japonesa. Os pedidos, já com lista de espera, chegam de países como Brasil, Chile, EUA, Canadá, entre outros.
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Em poucos meses, o projecto da premiada MIMA House, de dois jovens arquitectos de Viana do Castelo, passou da fase experimental para a de comercialização. Graças a um acordo com uma fábrica da região, a dupla pode começar a dar resposta a centenas de encomendas destas casas prefabricadas de inspiração japonesa. Os pedidos, já com lista de espera, chegam de países como Brasil, Chile, EUA, Canadá, entre outros.
Após um período de sistematização de processos para definir a "forma mais rápida de produção" e o método "mais eficiente de transporte e montagem" foi encontrada a parceria certa. O conceito de habitação está em condições de começar a ser produzido, em série, em menos de dois meses, numa fábrica do Norte do país. Com o arranque da fase de produção os dois arquitectos admitem a necessidade de contratação de vários especialistas face ao volume de encomendas.
A MIMA House foi beber inspiração à arquitectura tradicional japonesa e com a arte e engenho de Mário Sousa e Marta Brandão, adequada ao estilo de vida das sociedades modernas. Os interessados em viverem a experiência de uma casa MIMA podem fazê-lo no primeiro "showroom" do país que os dois arquitectos abriram no fim-de-semana em Viana. "Será um quarto em que vão conseguir ter uma ideia do que será a casa, tocando, percebendo o que são as paredes internas e externas", explicou Marta Brandão.
Internet tornou casa famosa
O produto tornou-se famoso através da Internet. O sucesso do projecto foi consolidado, em Março, com o prémio "Building of the Year", do famoso site de arquitectura ArchDaily. O conceito assenta num modelo com uma área de 18 a 36 metros quadrados, mas toda a concepção pode ser alterada, porque no interior da casa existem calhas metálicas que permitem colocar ou retirar paredes amovíveis, adicionando ou subtraindo divisões à casa ou oferecendo-lhe um carácter de "open space".
A MIMA é composta, sobretudo, por materiais de madeira maciça e por janelas de vidro duplo, assente numa estrutura de pilar e viga com um espaço fixo. Tudo o resto são paredes com painéis e peças modulares personalizadas pelo cliente. Sobre as janelas ou sobre as paredes podem ser colocados (e trocados) painéis coloridos, na mesma lógica de personalização.
O preço-base ronda os 39 mil euros. No entanto, o que pode fazer variar o custo final é, precisamente, a possibilidade de o cliente personalizar a casa. A dupla quer combater a ideia de que a "arquitectura é um objecto de luxo" a que poucos têm acesso. "Mantendo a qualidade arquitectónica, que para nós é o mais importante, tentámos criar um produto mais económico que mantivesse as qualidades espaciais e construtivas, contornando as questões do tempo e das legalizações, porque já responde aos parâmetros", explicou Marta Brandão.