Raf Simons substitui Galliano na direcção artística da Dior
“É com grande satisfação que a Casa Dior dá as boas vindas a Raf Simons, um dos grandes talentos dos dias de hoje”, lê-se no comunicado da marca, que informa ainda que o designer vai iniciar já as suas funções, apresentando a sua primeira colecção de alta-costura em Julho. As colecções de alta costura, pronto-a-vestir e acessórios femininos serão a partir de agora da responsabilidade de Raf Simons.
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“É com grande satisfação que a Casa Dior dá as boas vindas a Raf Simons, um dos grandes talentos dos dias de hoje”, lê-se no comunicado da marca, que informa ainda que o designer vai iniciar já as suas funções, apresentando a sua primeira colecção de alta-costura em Julho. As colecções de alta costura, pronto-a-vestir e acessórios femininos serão a partir de agora da responsabilidade de Raf Simons.
"Raf Simons vai inspirar e impulsionar no século XXI o estilo que Dior lançou na abertura da sua casa e que mudou, desde a sua primeira colecção, os padrões da elegância mundial”, prossegue o comunicado.
Raf Simons, de 44 anos, trabalhou durante seis anos na Jil Sander, na qual exerceu o cargo de director criativo. Em Fevereiro abandonou o cargo depois de Sander voltar para a marca. Foi em lágrimas que o belga se despediu da marca, na semana da moda de Milão, tendo recebido uma grande ovação.
Segundo a imprensa especializada, as negociações entre Simons e a Dior aconteciam há muitos meses, sendo uma surpresa pelo seu estilo minimalista e de vanguarda, oposto ao estilo de Galliano.
Para o designer belga, a Dior simboliza “o máximo em elegância e requinte”, sendo por isso um motivo de grande satisfação ter sido o escolhido. “É uma honra tornar-me director artístico da casa francesa mais famosa do mundo”, escreveu Raf Simons em comunicado.
Nos últimos meses o designer norte-americano Marc Jacobs, da Louis Vuitton, e Alber Elbaz, da Lanvin, eram apontados como os favoritos da Dior, já depois de o italiano Riccardo Tisci ter sido dado como certo em Março do ano passado.
Entre tantos rumores, o director executivo da Dior, Sidney Toledano, explicou que a marca não tinha pressa em encontrar um substituto para Galliano, despedido em Março na sequência da divulgação de um vídeo em que o designer de moda dizia amar Adolf Hitler. Na semana anterior, o britânico já tinha sido suspenso das funções, depois de ter sido detido em Paris por insultar um casal com declarações racistas e anti-semitas.
Em Setembro, Galliano foi considerado culpado pelo tribunal de Paris e foi condenado a uma pena suspensa e seis mil euros em multa.