Portagens fizeram o tráfego cair mais de 40% na auto-estrada do Algarve

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Foto: Melanie Maps

O tráfego médio na A22 ficou por outro lado reduzido a pouco mais de metade em Dezembro face ao mesmo mês de 2010, num mês em que a queda homóloga na rede nacional de auto-estradas foi de 11,6%, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Infra-estruturas Rodoviárias (INIR),no seu relatório relativo ao quarto trimestre do ano passado.

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O tráfego médio na A22 ficou por outro lado reduzido a pouco mais de metade em Dezembro face ao mesmo mês de 2010, num mês em que a queda homóloga na rede nacional de auto-estradas foi de 11,6%, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Infra-estruturas Rodoviárias (INIR),no seu relatório relativo ao quarto trimestre do ano passado.

As antigas Scut (auto-estradas sem custo para o utilizador) do Interior e do Algarve, onde passou a ser cobrada portagem a partir de 8 de Dezembro, foram as vias que sofreram as maiores quedas de tráfego em Dezembro, quer face ao mesmo mês de 2010 (variação homóloga) quer face a Novembro.

Na A22, o tráfego médio diário passou de 12.639 veículos em Dezembro de 2010 para 6528 em Dezembro passado, o que representa uma queda de 48,4%. A circulação média diária em Novembro do ano passado foi de 11.140 veículos, o que significa que de um mês para o outro a queda foi de 41,4%.

A auto-estrada da Beira interior (A23) apresentou a segunda maior queda homóloga em Dezembro, de 30,9%. O tráfego médio diário foi de 7942 veículos, face a 9444 em Novembro, o que representa um recuo mensal de 15,9%.

Seguiram-se as auto-estradas Viseu-Chaves (A24 ), CREL (A9, que já não era Scut) e Aveiro-Vilar Formoso (A25), com quedas de 29,6%, 28,9% e 18%. Na, A24 e na A25, as quedas face a Novembro foram de 16,5% e 9,4%.

De Novembro para Dezembro, o tráfego médio diário nas ex-Scut caiu em 8156 veículos (de 38.128 para 29.972), o que significa menos 21,4%.

A queda geral do tráfego médio diário na rede de auto-estradas, que no quarto trimestre atingiu 11%, deve-se sobretudo à crise económica e consequente diminuição da actividade e perda de poder rendimentos das populações, mas em Dezembro o perfil de queda agravou-se para a ex-Scut portajadas a partir desse mês – no caso da CREL, este perfil registava-se já também em Outubro e Novembro, com quedas homólogas de respectivamente 26,3 e 27,1%.
O cenário de queda de tráfego atingiu quase todas as 46 auto-estradas para que foram divulgados valores, mas diferentemente, pois nalgumas as quedas foram muito reduzidas. E houve duas excepções: a A29 (paralela à A1 entre Aveiro e Gaia) e a Circular Sul de Braga (CSB), com subidas homólogas em Dezembro de respectivamente 3,2% e 9,5%.