Trabalhar nas universidades ajuda a pagar propinas

O número de estudantes com dificuldades em pagar propinas cresce e os serviços de acção social procuram alternativas às tradicionais bolsas de estudo

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Nas cantinas o trabalho consiste, principalmente, em receber os tabuleiros e lavar a louça Nelson Garrido

São 20 os estudantes da UTAD que trabalham em cantinas e salas de informática em troca de refeições gratuitas e de remuneração. Por mês, têm direito a 44 refeições gratuitas e podem trabalhar quatro horas por dia, duas ao almoço e duas ao jantar, e ganham dois euros à hora.

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São 20 os estudantes da UTAD que trabalham em cantinas e salas de informática em troca de refeições gratuitas e de remuneração. Por mês, têm direito a 44 refeições gratuitas e podem trabalhar quatro horas por dia, duas ao almoço e duas ao jantar, e ganham dois euros à hora.

O trabalho consiste, principalmente, em receber os tabuleiros e lavar a louça. O projecto teve início neste ano lectivo e é suportado pelas receitas dos serviços sociais da UTAD. Em declarações à agência Lusa, Elsa Justino, administradora dos Serviços de Acção Social da UTAD (SASUTAD), diz que para a universidade "é uma ajuda e eles [estudantes] ganham um complemento para pagarem as suas despesas".

Esta iniciativa surge numa altura em que cada vez mais estudantes procuram as cantinas pelos preços mais acessíveis em relação a outros locais. Na Universidade do Porto (UP), os estudantes também podem arranjar trabalho em troca de benefícios monetários.

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Esta iniciativa surge numa altura em que cada vez mais estudantes procuram as cantinas Nelson Garrido

João Carvalho, director dos Serviços de Acção Social da Universidade do Porto (SASUP) refere os cafés "e-learning" da universidade como um local "onde os colaboradores são todos estudantes". Apesar de ser feita "uma seleção dos estudantes mediante concurso, a que qualquer um se pode candidatar", a preferência é dada aos estudantes mais carenciados e à experiência de trabalho no local que já exista de anos anteriores.

No início de cada ano são selecionados dez estudantes pelos SASUP que vão dar apoio técnico aos outros estudantes nos cafés "e-learning". "São responsáveis pelas requisições, pela manutenção e pela organização de actividades como concertos e 'workshops'", esclareceu Maria Pinto, coordenadora das Actividades Culturais da UP. Têm turnos de quatro horas por dia e recebem três euros por hora hora. A Bolsa de Emergência Social é mais um mecanismo criado pela UP para ajudar os estudantes mais carenciados.

Através desta bolsa, a universidade ajuda os seus estudantes mais carenciados através de um apoio suplementar em troca de algum trabalho remunerado nas instituições de ensino. Em troca, o estudante fica selecionado para uma bolsa de trabalho temporário nas faculdades.

De acordo com a disponibilidade do estudante, este tem a possibilidade de ajudar, com o apoio administrativo e logístico em conferências, na organização de eventos e e de trabalho de cariz científico, que são os principais trabalhos do programa. Nas cantinas da UP não existe a capacidade de empregar estudantes, porque "uma boa parte das cantinas estão concessionadas" e não é possível "impor o trabalho dos estudantes aos concessionários", declarou o diretor dos SASUP.

No entanto, a área do desporto é um dos possíveis serviços em que os estudantes podem participar "para apoiar a organização do desporto universitário". No novo pavilhão desportivo da UP, recentemente inaugurado, os estudante também irão prestar serviços "para compensar os apoios recebidos".