“A morte de um homem feio”, uma peça sobre a volatilidade das relações humanas
A peça encenada por Paulo Mota explora a volatilidade das relações humanas e a brevidade da vida. Estreia esta terça-feira no Espaço Bruto, no Porto. Em cena até 27 de Março
A peça “A morte de um homem feio” gravita à volta da babel que constitui as relações humanas, expondo a sua volatilidade e o quão rapidamente estas cedem aos instintos mais superficiais. A peça, assinada por A. Branco e produzida pelo grupo A Vintena Vadia, estreia esta terça-feira no Espaço Bruto/Fábrica Social Escultor José Rodrigues, no Porto. Para ver até 27 de Março, às 22h.
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A peça “A morte de um homem feio” gravita à volta da babel que constitui as relações humanas, expondo a sua volatilidade e o quão rapidamente estas cedem aos instintos mais superficiais. A peça, assinada por A. Branco e produzida pelo grupo A Vintena Vadia, estreia esta terça-feira no Espaço Bruto/Fábrica Social Escultor José Rodrigues, no Porto. Para ver até 27 de Março, às 22h.
A introspecção é uma constante ao longo do espectáculo. Paulo Mota, o encenador, espera “tocar o público”, mostrar que “andamos um bocadinho perdidos” com banalidades e “iludidos de que a morte não existe”, quando a temos “tão perto como os nossos antepassados a tiveram”, salienta.
Um acidente trágico, elemento unificador do enredo, concentra todos os intervenientes “no mesmo sítio, à mesma hora, num espaço que não é vida”, mas que se converte numa das suas manifestações mais evidentes: a proximidade da morte.
Partindo do ponto de vista de uma das personagens, “como se fosse o disparo da imaginação num determinado momento”, são narradas várias histórias, “aparentemente deslocadas umas das outras, mas que na realidade têm alguns pontos em comum”, explica Paulo Mota.
A meio caminho entre o “explícito e o metafórico”, irrompem relações conturbadas, “incompreendidas”, outras proibidas, que enlaçam as vivências das personagens – à primeira vista desconjuntadas –, que se revelam vãs com a morte no horizonte.
De fácil identificação, porque é muito “realista e quotidiano”, o espectáculo não se dirige a uma “faixa de público em especial”, considera Paulo Mota. Afinal, todos “andamos 'drogados' com muita coisa que não faz sentido”.