EDP formaliza em Pequim parceria com a China
A criação das duas sociedades ficou consagrada no memorando assinado ontem pelos líderes das duas empresas, na primeira reunião em Pequim de António Mexia, presidente da EDP, com os administradores e quadros superiores da CTG.
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A criação das duas sociedades ficou consagrada no memorando assinado ontem pelos líderes das duas empresas, na primeira reunião em Pequim de António Mexia, presidente da EDP, com os administradores e quadros superiores da CTG.
“Demos mais um passo para a concretização rápida desta parceria, que está a acontecer exactamente como se previa”, disse o presidente da EDP à agência Lusa em Pequim.
Segundo adiantou, as “bases operacionais” da parceria definidas no memorando envolvem também a entrada da CTG nos parques eólicos da EDP, através de “uma participação minoritária de 34 a 49%”, o estudo de oportunidades conjuntas de investimento, nomeadamente na América Latina, e o acesso ao sistema financeiro chinês.
O “intercâmbio ao nível das boas práticas” – de gestão, recursos humanos e tecnologia – ficou igualmente consagrado. “O que está em causa é uma parceria estratégica, com uma forte componente bilateral. A EDP também irá contribuir para a modernização da China Three Gorges e nós vamos de certeza aprender com o maior produtor hidroeléctrico do mundo”, afirmou António Mexia.
Capitais próprios de quase 20 mil milhõesAlém de Mexia, que regressa a Lisboa hoje à noite, participaram na reunião dois dos sete outros membros do Conselho de Administração Executivo da EDP, João Manso Neto e João Marques da Cruz.
A CTG ganhou em Dezembro passado o concurso internacional para a compra de uma participação de 21,35% no capital da EDP, vendida pelo Estado português.
Com a compra daquela participação, por cerca de 2,7 mil milhões de euros, a CTG passará a ser o maior accionista da eléctrica portuguesa.
Fundada pelo Governo chinês em 1993, para construir e gerir o maior complexo hidroeléctrico do mundo (a barragem das Três Gargantas, no Rio Yangtze), a CTG é considerada uma das mais importantes empresas da China na área das energias limpas e está envolvida em projectos do sector em 26 países.
No final de 2009, o património da CTG somava 280,980 mil milhões de yuan (32,7 mil milhões de euros), com um capital próprio de 169,85 mil milhões de yuan (19,7 mil milhões de euros), indica o website da empresa.