Restauro dos órgãos do convento de Mafra vence prémio Europa Nostra

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Órgãos do convento de Mafra Foto: Miguel Manso

“Este projecto resultou não apenas no restauro dos órgãos, mas também num caso que pode ser apresentado como exemplo para as gerações futuras da integração perfeita de elementos móveis na estrutura arquitectónica. Transmite um verdadeiro sentido de coerência, enriquecido neste caso pela harmonia entre os aspectos materiais e imateriais do património”, diz ainda a acta do júri do prémio lançado no âmbito do concurso Europa Nostra, e que se estende também às categorias de investigação, educação e contribuições exemplares individuais ou colectivas.

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“Este projecto resultou não apenas no restauro dos órgãos, mas também num caso que pode ser apresentado como exemplo para as gerações futuras da integração perfeita de elementos móveis na estrutura arquitectónica. Transmite um verdadeiro sentido de coerência, enriquecido neste caso pela harmonia entre os aspectos materiais e imateriais do património”, diz ainda a acta do júri do prémio lançado no âmbito do concurso Europa Nostra, e que se estende também às categorias de investigação, educação e contribuições exemplares individuais ou colectivas.

Os órgãos do convento de Mafra foram restaurados durante a última década, tendo voltado a tocar em conjunto em Maio do ano passado, e depois de praticamente dois séculos de inactividade.

O património nacional surge ainda na lista dos 28 galardoados com o Prémio Europa Nostra deste ano, e ainda na categoria de Conservação, através do complexo da Sinagoga Portuguesa em Amesterdão, na Holanda, um edifício do último quartel do século XVII.

Os prémios Europa Nostra vão ser entregues numa cerimónia a realizar no dia 1 de Junho em Lisboa, no Mosteiro dos Jerónimos, na presença da comissária europeia da Educação, Cultura, Multilinguismo e Juventude, a cipriota Androulla Vassiliou, do tenor espanhol Placido Domingo, presidente da Europa Nostra, e do Presidente da República Cavaco Silva. Nessa altura, serão anunciados os seis grandes prémios pecuniários (no valor de 10 mil euros), sendo as distinções agora anunciadas assinaladas com um troféu ou placa comemorativa.

Na categoria de Conservação, foram distinguidos 16 trabalhos, com destaque para a Espanha e a Grécia, cada um destes países com três citações. Na categoria de Investigação, houve três prémios para Espanha, França e Itália. Foram quatro os países e itens contemplados por contribuição exemplar de um indivíduo ou grupo. E, na categoria de Educação, houve cinco distinções para a Dinamarca, Finlândia, Noruega, Inglaterra e França.

No total, 31 países apresentaram 226 projectos ao concurso Europa Nostra, entidade que representa 250 organizações não-governamentais e sem fins lucrativos, de mais de 50 países europeus, e conta com o apoio de mais de 150 membros associados representativos de organismos públicos e privados, e 1.500 membros individuais.

Em edições anteriores deste prémio anual lançado em 2002, Portugal viu-se já distinguido em 2008, pelo trabalho de investigação realizado pelo Museu da Presidência da República sobre o Palácio de Belém, e nos dois anos seguintes, em Coimbra, pelos trabalhos de recuperação e preservação da Via Latina da Universidade e do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha.