Hugo Sobral, o conselheiro diplomático de Durão Barroso
Tem 35 anos e é conselheiro diplomático de Durão Barroso, na Comissão Europeia, desde 2009. "É preciso muito trabalho para poder sustentar a sorte", diz Hugo Sobral
Hugo Sobral licenciou-se em Relações Internacionais pela Universidade do Minho (UM) em 1997 e é, há três anos, conselheiro diplomático de Durão Barroso. Seguir uma carreira internacional era algo que o cativava pela oportunidade de "conhecer outras pessoas, culturas, formas de pensar e de gerir os assuntos". Define as relações internacionais como uma forma de "conhecer melhor os outros para, colectivamente, se conseguirem encontrar as melhores soluções para problemas que nos são comuns".
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Hugo Sobral licenciou-se em Relações Internacionais pela Universidade do Minho (UM) em 1997 e é, há três anos, conselheiro diplomático de Durão Barroso. Seguir uma carreira internacional era algo que o cativava pela oportunidade de "conhecer outras pessoas, culturas, formas de pensar e de gerir os assuntos". Define as relações internacionais como uma forma de "conhecer melhor os outros para, colectivamente, se conseguirem encontrar as melhores soluções para problemas que nos são comuns".
Hoje, com 35 anos, o conselheiro diplomático de Durão Barroso afirma que "não existe um protótipo de conselheiro diplomático". Defende que cada um terá a sua forma de exercer a função, mas que o principal será ser "atento", "activo na procura da informação" e "saber ouvir e saber ajuizar as diferentes situações".
O cargo "exigente" leva-o a ter contacto com questões sensíveis e afirma que um dos objectivos, a curto prazo, da Comissão Europeia é a resolução da actual crise económica e financeira, culminando num "projecto europeu mais unido". Aponta a perda de competitividade externa como algo a recuperar em Portugal e considera inevitável um "esforço de consolidação orçamental" que não afecte áreas como a educação e a investigação.
Como diplomata nacional, Hugo Sobral sente-se muito satisfeito em poder colaborar com um presidente da Comissão, também ele português. "Não é muito comum termos portugueses a ocupar cargos desta natureza", explica.
Oportunidades de trabalho na UE
Aos jovens que tenham o sonho de, um dia, vir a trabalhar num organismo europeu, aconselha especial atenção às oportunidades que surgem e um contacto com a representação da Comissão Europeia e organismos associados. Para quem procura estágios, Hugo Sobral sugere que os interessados "se apresentem aos concursos anunciados no site do Serviço Europeu de Selecção do Pessoal".
No dia a dia é responsável pela organização da agenda do presidente da Comissão Europeia, a preparação das reuniões internacionais e cimeiras anuais com os parceiros estratégicos e pela ajuda na definição das "grandes linhas da política externa europeia", funções essas que implicam "uma dedicação e disponibilidade permanente".
Confessa que, por vezes, "24 horas não são suficientes para resolver todas as solicitações de um dia" e garante que o trabalho que executa requer uma receptividade à mudança e a novos desafios. Para Hugo Sobral, a sorte é importante, mas assegura que "é preciso muito trabalho" para a "poder sustentar".
No início do seu percurso profissional, Sobral era assistente de investigação no Instituto de Estudos Estratégicos e Internacionais. Mais tarde, foi bolseiro da Fundação para a Ciência e Tecnologia, onde integrou um projecto de investigação da UM. A carreira diplomática iniciou-se com algumas funções no Ministério dos Negócios Estrangeiros.Em 2004, assumiu o cargo de representação de Portugal junto da União Europeia (UE) e, cinco anos mais tarde, integrou o gabinete do presidente da Comissão Europeia.
Hugo Sobral apreciador de jazz e assume a ponderação como a sua maior qualidade e maior defeito. Gosta de ler e viajar e não gosta de intolerância e mesquinhez. Considera que as características mais importantes para a evolução a nível profissional são a "abertura à mudança e a capacidade de abraçar novos desafios".