Conferências de 24 horas para mudar atitude dos desempregados
Movimento mf24 quer realizar conferências de 24 horas em Coimbra, Porto, Tomar, Lisboa e Faro, destinadas a desempregados, estudantes e empreendedores. O objectivo é "acabar com a cultura do coitadinho"
Um grupo de jovens decidiu pôr mãos à obra no combate ao desemprego e, com um ciclo de conferências pelo país, pretende “abanar consciências” para mostrar que “é possível ser empreendedor” e “posicionar os desempregados para outra atitude”.
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Um grupo de jovens decidiu pôr mãos à obra no combate ao desemprego e, com um ciclo de conferências pelo país, pretende “abanar consciências” para mostrar que “é possível ser empreendedor” e “posicionar os desempregados para outra atitude”.
O desafio foi lançado, em Fevereiro, na rede social Facebook, na sequência de um debate televisivo sobre o desemprego em Portugal e foi de imediato aceite por jovens.
Com a denominação Movimento mf24, o projecto passa por realizar conferências de 24 horas em Coimbra, Porto, Tomar, Lisboa e Faro, destinadas a desempregados, estudantes e empreendedores.
Criar emprego com "networking"
Simão Soares, de 25 anos, agarrou o desafio e, em declarações à Lusa, disse não ter dúvida nenhuma de que estas conferências “vão gerar emprego, de forma directa e indirecta”.
A criação de postos de trabalho como consequência de contactos mantidos nas conferências, bem como a criação de sinergias entre empreendedores e a inspiração para iniciativas que contribuam para o desenvolvimento económico do negócio local através do empreendedorismo são os objectivos definidos pelo movimento.
A primeira cidade a acolher a iniciativa é Coimbra, no dia 30: o auditório do Instituto Superior de Engenharia (ISEC) é palco de 24 horas de discussão, troca de experiências entre empreendedores, empresários e jovens dispostos a “fazer mais” por eles.
“Queremos mudar mentalidades”, disse Elsa Rodrigues, coordenadora do mf24 em Coimbra, que defende que esta conferência vai permitir “posicionar os desempregados para outra atitude”.
Com 24 anos, Elsa entende que “os desempregados não estão a viver com o problema [de não arranjar emprego] da forma mais eficaz”, adiantando que, tendo “excelentes ideias de negócio, muitos não sabem como as pôr em prática”.
Simão e Elsa entendem que estas conferências visam “abanar consciências”, dando ferramentas a todos os que delas precisam.
Para Elsa, é preciso “acabar com a cultura do coitadinho” e motivar os desempregados a “adaptarem-se ao mercado, não ficando sentados à espera que o trabalho lhes bata à porta”.
Simão subscreve a ideia e acrescenta: “Os jovens estão cientes do seu valor, mas não têm consciência das necessidades do mercado, estando totalmente inadaptados”.