DocLisboa anuncia nova direcção que conta com Susana de Sousa Dias

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Susana Sousa Dias integrava a direcção desde 2011 Miguel Manso

Com a saída de Glogowski, que se manterá ligada ao festival de cinema português dedicado ao documentário como consultora de programação, o DocLisboa passará a ter uma direcção colectiva. Augusto M. Seabra mantém-se como programador associado.

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Com a saída de Glogowski, que se manterá ligada ao festival de cinema português dedicado ao documentário como consultora de programação, o DocLisboa passará a ter uma direcção colectiva. Augusto M. Seabra mantém-se como programador associado.

Segundo o comunicado da Apordoc, Susana Sousa Dias, Ana Jordão, Cinta Pelejà e Cíntia Gil foram escolhidos para o cargo por já estarem envolvidos no DocLisboa, não tendo sido necessário procurar nomes de fora. Sobre a nova direcção, a Apordoc destaca o “mérito inequívoco sem se resguardar no conservadorismo que tantas vezes mina a capacidade de renovação de instituições e projectos”.

“Quisemos trazer à luz novos valores, confiando na sua capacidade humana, intelectual e de trabalho para empurrar o DocLisboa para o futuro, em diálogo intenso com o presente e humilde aceitação da herança que recebem”, continua o comunicado.

Anna Glogowski, que foi directora de documentários da estação de televisão francesa Canal + entre 1984 e 2002, trabalha no DocLisboa desde 2007 e assumiu o cargo de directora em Janeiro de 2011.

Com um percurso conhecido no festival, Susana Sousa Dias, que em 2010 recebeu o Grande Prémio do DocLisboa com o seu documentário “48”, já fazia parte da direcção de Anna Glogowski.

Por seu lado, Ana Leonor Jordão, que durante quatro anos foi directora de produção na Jumpcut – Produtora de Teatro e Cinema, transita da Apordoc, onde executava desde 2010 o cargo de directora de produção, para o DocLisboa. Também a espanhola Cinta Peleja integrava desde 2009 a equipa da Apordoc, tendo sido responsável pela coordenação da programação no festival. Em 2011 comissariou, com António Loja Neves, a retrospectiva «Movimentos de Libertação em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau (1961-1974)» no DocLisboa. Já a investigadora do Instituto de Filosofia da Universidade do Porto, Cíntia Gil, integrou o comité do festival.

Sobre a edição do DocLisboa, que celebra este ano dez anos, a nova direcção fez saber que as secções competitivas do festival (Competição Internacional Curtas e Longas, Investigações, Competição Nacional Curtas e Longas) vão continuar, assim como a secção Heartbeat e a secção Riscos. Também garantidas estão duas retrospectivas, sendo uma centrada na obra de um autor e outra temática, a ser comissariada por Federico Rossin (curador e crítico de cinema independente, co-director artístico do NodoDoc Fest de Trieste).

Para breve ficam as novidades, que incluem o anúncio de duas novas secções, que “decorrem de mudanças naturais do próprio festival e do contexto específico do documentário contemporâneo”, lê-se na nota divulgada hoje.

Para a nova direcção, a edição de 2012, que acontece entre 18 e 28 de Outubro, será pensada “como um lugar onde a coexistência (de filmes, pessoas, ideias, visões, pontos de vista) pode ser transformada em inscrição no real”. “Procuramos que o festival traga consigo uma energia crítica que se conjugue com o esforço daqueles que trabalham pelo cinema independente em Portugal e no mundo, que resistem e lutam pela existência de condições autónomas de exibição, discussão, formação de públicos e pensamento crítico”, acrescenta a direcção.