Governo quer criar 1150 gestores de carreira para acompanhar desempregados
Técnicos de emprego vão ser convertidos em gestores de carreira, com o objectivo de ajudar os desempregados a regressar mais rapidamente ao mercado de trabalho
O Governo vai transformar os 1000 técnicos de emprego do IEFP em gestores de carreira dos desempregados e conta juntar-lhes mais 150 dirigentes que vão ser convertidos de modo a acompanhar de perto os inscritos, foi anunciado esta quinta-feira.
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O Governo vai transformar os 1000 técnicos de emprego do IEFP em gestores de carreira dos desempregados e conta juntar-lhes mais 150 dirigentes que vão ser convertidos de modo a acompanhar de perto os inscritos, foi anunciado esta quinta-feira.
“Vamos proceder a uma nova configuração de tarefas dos técnicos de emprego, de modo a que os cerca de 1.000 técnicos de emprego do país passem a gestores de carreira, com maior proximidade aos desempregados de modo a ajudá-los a regressar mais rapidamente ao mercado de trabalho”, disse aos jornalistas o secretário de Estado do Emprego, Pedro Martins.
Pedro Martins, que convocou a imprensa para falar do Programa de Relançamento do Serviço Público de Emprego, aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministros, disse que o Governo pretende reconverter em gestores de carreira cerca de 150 dirigentes do Instituto de Emprego e Formação Profissional. Uma das apostas do executivo será aproximar os centros de emprego aos centros de formação da mesma área geográfica de modo a unificar a sua gestão, o que permitirá eliminar alguns cargos dirigentes.
Pedro Martins garantiu que não vão ser encerrados centros de emprego (86) e que ao longo do ano vão ser reafetados recursos humanos para melhorar gradualmente o rácio inicial, que será de cerca de 600 desempregados para um gestor de carreira.
Centros de emprego não fecham
Para facilitar e agilizar o regresso ao mercado de trabalho, o Governo aposta ainda noutras medidas como a colocação quase imediata dos novos desempregados em acções de formação de curta ou média duração, nos 28 centros de formação directa do IEFP.
O uso das tecnologias de informação é também recomendado para assegurar um melhor conhecimento do perfil do desempregado, de modo a encaminhá-lo para a oferta de emprego adequada, referiu o secretário de Estado.
De acordo com o governante serão também considerados prioritários para colocação em acções de formação os grupos de desempregados há mais de seis meses ou com mais de 45 anos.
As medidas referidas por Pedro Martins inserem-se no Programa de Relançamento do Serviço Público de Emprego, que inclui oito eixos e um conjunto de medidas que visam fomentar a captação de ofertas de emprego, cooperar com parceiros para a colocação de desempregados, reestruturar a rede de Centros de Emprego e Centros de Formação Profissional, entre outras.
O Governo quer aumentar em 50 por cento o número de colocações de trabalhadores desempregados até 2013, ou seja dar trabalho a mais 3.000 pessoas por mês.