Bombas matam dois jornalistas ocidentais em Homs, mortos na Síria ascendem a 7600

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“Dois jornalistas foram mortos quando os bombardeamentos atingiram o centro de imprensa no bairro de Baba Amr. Três ou quatro outros jornalistas estrangeiros ficaram feridos”, indicou o militante Omar Chaker a partir de Baba Amr, contactado via Skype.

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“Dois jornalistas foram mortos quando os bombardeamentos atingiram o centro de imprensa no bairro de Baba Amr. Três ou quatro outros jornalistas estrangeiros ficaram feridos”, indicou o militante Omar Chaker a partir de Baba Amr, contactado via Skype.

De acordo com a Reuters os jornalistas serão a americana Marie Colvin, que trabalhava para o jornal britânico "The Sunday Times", e o fotógrafo francês Remi Ochlik, que trabalhava para a "Paris Match" e que ganhou um World Press Photo pelas suas imagens da Líbia. Porém, há informações desencontradas entre agências: a agência AFP colocou em linha, nesta quarta-feira, fotografias de Marie Colvin e de Ramy Al-Sayyed, um cidadão jornalista sírio, sem fazer referência a Remi Ochlik.

De acordo com as contas de Twitter das cadeias noticiosas Al-Jazira e Al-Arabiya, os dois jornalistas tinham nacionalidade americana e francesa. No passado dia 11 de Janeiro tinha já perdido a vida o grande repórter francês Gilles Jacquier, morto em Homs, o epicentro do movimento de contestação contra o regime do Presidente que começou há quase um ano.

Desde essa altura - Março de 2011 - que já morreram mais de 7600 pessoas, a maioria das quais civis, revelou hoje o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Entre as vítimas contam-se 5542 civis, 1692 soldados e membros dos serviços de segurança, e perto de 400 desertores, indicou à AFP o chefe da OSDH, Rami Abdel Rahmane.

Entretanto, no terreno, a situação tem-se degradado muito. A Casa Branca disse esta terça-feira ser favorável à ideia de um cessar-fogo que permita a chegada de ajuda humanitária às populações civis apanhadas no fogo cruzado.

Por seu lado, o presidente do Comité Internacional da Cruz Vermelha afirmou, também ontem, que “a situação actual exige que seja tomada uma decisão imediatamente para que seja instaurada uma pausa humanitária nos combates”.

Notícia corrigida às 17h30, com substituição da fotografia do jornalista francês