Reitor da Universidade Técnica de Lisboa diz não ver riscos na fusão com a Clássica

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António Cruz Serra Dário Cruz (arquivo)

“Tenho ouvido um conjunto de notícias bastante bem orquestradas na comunicação social com mentiras”, afirmou Cruz Serra à saída de uma audiência com o Presidente da República no Palácio de Belém.

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“Tenho ouvido um conjunto de notícias bastante bem orquestradas na comunicação social com mentiras”, afirmou Cruz Serra à saída de uma audiência com o Presidente da República no Palácio de Belém.

António Cruz Serra referia-se a notícias que dão conta de oposições à fusão por parte dos directores de várias escolas de ambas as universidades.

“Detecto algum nervosismo de alguns sectores que ainda não consegui identificar e que lançaram um conjunto de notícias para a comunicação social relativamente a eventuais oposições à fusão”, afirmou.

António Cruz Serra admitiu que “naturalmente existirão [oposições], como existem em todos os processos”, mas que “não se manifestaram publicamente” até agora.

O reitor da Universidade Técnica garantiu que alguns directores de escola, identificados nas notícias como opositores da fusão, “são pessoas que nos diferentes órgãos onde se pronunciaram se mostraram favoráveis”.

“Ainda não consegui ouvir nenhum argumento contra a fusão com alguma credibilidade, alguém que aponte uma razão importante pela qual a fusão não seja uma boa ideia”, salientou.

O reitor indicou que os contactos entre as duas universidades estão “a decorrer normalmente”, com um documento elaborado por um grupo de trabalho composto pelas duas partes a ser discutido nas instituições até 7 de Abril, quando deverá ser votado.

Cruz Serra reiterou que a fusão da Técnica e da Clássica dotará Lisboa e o país de “uma universidade com peso internacional”, capaz de estar “a curto prazo entre as cem melhores do mundo”.