“Momento muito bom” do Gil Vicente travado por hat-trick de Lima
Leonardo Jardim tinha garantido, na antevisão do derby minhoto, que a derrota frente ao Besiktas, a meio da semana para a Liga Europa, não ia afectar os bracarenses. Com Ewerton indisponível, o treinador apostou em Nuno André Coelho (o defesa fez a estreia com a camisola do Sp. Braga) e mostrou ter a lição bem estudada: “[O Gil Vicente] É uma equipa com postura defensiva solidária, que baixa muito o bloco, defende com duas linhas de quatro, o que impossibilita o jogo ofensivo dos adversários no último terço do campo. Em termos ofensivos vive sobretudo de transições e de lances de bolas paradas.”
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Leonardo Jardim tinha garantido, na antevisão do derby minhoto, que a derrota frente ao Besiktas, a meio da semana para a Liga Europa, não ia afectar os bracarenses. Com Ewerton indisponível, o treinador apostou em Nuno André Coelho (o defesa fez a estreia com a camisola do Sp. Braga) e mostrou ter a lição bem estudada: “[O Gil Vicente] É uma equipa com postura defensiva solidária, que baixa muito o bloco, defende com duas linhas de quatro, o que impossibilita o jogo ofensivo dos adversários no último terço do campo. Em termos ofensivos vive sobretudo de transições e de lances de bolas paradas.”
Mais discreto na análise ao rival, Paulo Alves jogou à defesa e colocou a pressão do outro lado: “Não podemos assumir qualquer tipo de favoritismo face a uma equipa que luta por um lugar na Liga dos Campeões.” O técnico gilista queria, porém, aproveitar o “momento muito bom” que a sua equipa atravessava (três vitórias consecutivas contra Sporting, FC Porto e Académica), mas a estratégia de Paulo Alves começou a ruir no aquecimento, com a lesão do médio Pedro Moreira.
Com um terceiro lugar para defender (e uma vice-liderança para ameaçar), o Sp. Braga assumiu desde o primeiro minuto o controlo, mas foi do Gil Vicente a primeira oportunidade (boa defesa de Quim a remate de Hugo Vieira, aos 21’). Se, na defesa, o guarda-redes bracarense mostrou segurança, na frente Lima confirmou, pouco depois, que é um dos melhores avançados da prova: aos 25’, Alan centrou na direita e Lima, ao primeiro poste, desviou para o fundo da baliza.
Em desvantagem, Paulo Alves trocou o lesionado Luís Manuel pelo ponta-de-lança Zé Luís e, a dois minutos do intervalo, Caiçara criou perigo numa iniciativa individual. A partir daí, só deu Sp. Braga.
Sem forçar muito, no recomeço da segunda parte, chegou o 2-0: aos 50’, Hugo Viana rematou ao poste e Lima, na recarga, voltou a marcar. Debilitado pelas lesões no meio-campo, o Gil Vicente não tinha argumentos para travar o rival e, com a expulsão de Cláudio, aos 61’, a vitória ficou entregue à equipa de Leonardo Jardim.
Faltava, porém, o golo da noite: aos 68’, Lima arranca do meio-campo, ganha em velocidade à concorrência e, à entrada da área, dispara imparável para o fundo da baliza. Hat-trick do brasileiro, que igualou Cardozo como melhor marcador do campeonato, com 14 golos.
Ficha do jogoGil Vicente, 0
Sp. Braga, 3
Estádio Cidade de Barcelos, em Barcelos.
Gil Vicente: Adriano (Murta, 46’); Daniel, Halisson, Cláudio, Júnior Caiçara; Luís Manuel (Zé Luís, 33’), Richard, André Cunha, Rodrigo Galo, Mauro (César Peixoto, 56’) e Hugo Vieira. Treinador Paulo Alves
Sp. Braga: Quim; Leandro Salino, Douglão, Nuno André Coelho, Elderson; Custódio, Hugo Viana, Mossoró (Ruben Amorim, 55’); Hélder Barbosa (Ukra, 83’) Alan e Lima. Treinador Leonardo Jardim
Árbitro: Hugo Miguel, de Lisboa. Amarelos: Cláudio (40’ e 61’), Leandro Salino (66’) Golos: 0-1, por Lima, aos 25’; 0-2, por Lima, aos 50’;
0-3, por Lima, aos 68’.