"Salazar" já chegou à internet
A nova revista de Cultura, Artes e Ideias já está disponível online. Qualquer semelhança com a realidade é mera provocação
Eles não são piegas e o "Salazar" também não é a tia deles. "Salazar" é, isso sim, o título da nova revista bimensal de Cultura, Artes e Ideias. No entanto, também podem falar sobre columbofilia, até porque lhes pode ser útil para entregar o novo rebento.
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Eles não são piegas e o "Salazar" também não é a tia deles. "Salazar" é, isso sim, o título da nova revista bimensal de Cultura, Artes e Ideias. No entanto, também podem falar sobre columbofilia, até porque lhes pode ser útil para entregar o novo rebento.
O primeiro número da revista saiu no dia 8 de Fevereiro de 2012 e está disponível para visionamento online (e a "maravilhosa festa de apresentação" acontece no dia 17, no Plano B, no Porto). A ideia partiu de Ricardo Miguel Costa, um jovem de 26 anos, e de Mónica Matos da Silva, de 27 anos. Também da equipa fazem parte Telma Granjo (25 anos), Ana Cláudia (22 anos), Miguel Mariani (23 anos), Francisca Faísca (23 anos) e Raquel Rego (27 anos). Ah, e Simone, a cadela.
O título "provocatório e com portugalidade"
A "Salazar" pretende “explorar um conceito que nunca se explorou em Portugal” e, com isso, divertir os leitores. Após o lançamento, em 48 horas acederam ao site mais de oito mil pessoas e o “feedback” tem sido “extremamente positivo”.
O nome nada tem que ver com as ideologias fascistas dos mentores. Eles até nem são de extrema-direita... apesar de acharem que depois de "Salazar" — o António Oliveira — só houve um grande líder: Pinto da Costa. “Salazar” lia-se num graffiti feito numa ponte pedonal “ali na zona de Loures” e foi avistado por Ricardo durante uma viagem de comboio. E “é esteticamente muito bonito”, acrescenta Mónica.
Ricardo gostava muito de ter Manuel Cruz a escrever na "Salazar", do mesmo modo que um texto da Ruth Marlene seria muito bem-vindo — “um beijinho para ela”, já agora. Para além disso, lembra que qualquer pessoa pode enviar as suas propostas, o que não garantem é que as mesmas sejam publicadas.
Não tem data nem notícias
Nenhuma "Salazar" é datada. Querem que seja como uma edição de coleccionador, uma obra verdadeiramente intemporal, que tanto pode ser lida hoje como daqui a três anos.
A revista nasceu para “seres pensantes”, responde Ricardo quando questionado sobre a que público-alvo se destina. A versão impressa, quando sair, terá um custo entre os cinco e os dez euros e nunca vai haver uma grande tiragem. Para já, o que se sabe é que a edição digital tem 124 páginas e que o segundo número deverá sair em Abril. “Na volta, sai a 25 de Abril mesmo e era um berbicacho!”, termina Ricardo entre risos.
"Salazar", o outro, dizia saber muito bem o que queria e para onde ia. Já Ricardo e Mónica não têm tantas certezas: “Vamos até onde a Cultura nos deixar”.
Texto corrigido às 11h42