A ilustração portuguesa é “como as cerejas” e vai até Bolonha
Vinte e cinco ilustradores portugueses integram a exposição na Feira do Livro Infantil de Bolonha. Portugal é o país convidado
Cerca de vinte autores portugueses, de Afonso Cruz a Yara Kono, integram a exposição de ilustração “Como as Cerejas”, em Março, na Feira do Livro Infantil de Bolonha, em Itália, que terá este ano Portugal como país convidado. A lista dos 25 ilustradores portugueses seleccionados foi divulgada este domingo pela organização da feira, que decorrerá de 19 a 22 de Março em Bolonha.
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Cerca de vinte autores portugueses, de Afonso Cruz a Yara Kono, integram a exposição de ilustração “Como as Cerejas”, em Março, na Feira do Livro Infantil de Bolonha, em Itália, que terá este ano Portugal como país convidado. A lista dos 25 ilustradores portugueses seleccionados foi divulgada este domingo pela organização da feira, que decorrerá de 19 a 22 de Março em Bolonha.
Entre os autores escolhidos, numa selecção de Ju Godinho e Eduardo Filipe, comissários da Bienal Ilustrarte, contam-se vários ilustradores galardoados com o Prémio Nacional de Ilustração e com vários títulos publicados, como Danuta Wojciechowska, Cristina Valadas, Marta Torrão, Teresa Lima, André Letria e Yara Kono, premiada em 2010.
Yara Kono integra o colectivo da editora Planeta Tangerina, do qual fazem parte ainda os ilustradores Bernardo Carvalho e Madalena Matoso, também distinguidos com aquele prémio e selecionados para Bolonha. Há ainda novos ilustradores, como Catarina Sobral, que se estreou em 2011 com o livro “Greve”, Inês Oliveira e Ana Biscaia.
Henrique Cayatte e João Vaz de Carvalho, cujo trabalho se estende ao design e à pintura, José Miguel Ribeiro, premiado realizador de cinema de animação — e com obra publicada também na ilustração para a infância — são três outros nomes que se destacam na selecção. A eles juntam-se Gémeo Luís, seleccionado para “Como as Cerejas” e também para a mostra anual internacional da feira de Bolonha, Afonso Cruz, que viu o livro “A Contradição Humana” receber vários prémios em 2011, Ana Ventura, ilustradora que teve duas mostras no ano passado naquela cidade italiana, e Marta Madureira, que tem divulgado o trabalho na ilustração pela editora Tcharan.
“São autores consagrados, premiados, históricos, mas também ilustradores muito recentes”, disse Eduardo Filipe à agência Lusa. André da Loba, Gonçalo Viana e João Fazenda, cujo trabalho se divide entre a ilustração para a infância e o desenho de imprensa, em particular em publicações internacionais, Tiago Albuquerque, Alex Gozblau, Fátima Afonso e José Manuel Saraiva completam a lista dos 25 ilustradores.
Os livros são como as cerejas
O título da exposição “Como as Cerejas” “evoca o imaginário da infância e lembra que, se ‘as conversas são como as cerejas’, os bons livros também”, lê-se na nota de imprensa. A Feira do Livro Infantil de Bolonha é considerada a mais relevante a nível internacional na área específica da edição infanto-juvenil, onde se negoceia a compra e venda de direitos de obras para todo o mundo.
Ser país convidado significa ter uma maior atenção no evento, uma vez que a programação incluirá uma exposição central — “Como as Cerejas” — um stand para as editoras portuguesas e representação nacional, encontros e conversas com escritores e ilustradores e uma série de exposições espalhadas pela cidade.
Estão confirmadas em Bolonha as presenças de José Jorge Letria, Isabel Minhós Martins, Afonso Cruz e António Torrado, das editoras Pato Lógico, Gatafunho, Tcharan, Bags of Books, Edições Eterogémeas e Trinta por Uma Linha, e mostras individuais de Teresa Lima, André da Loba, André Letria e João Vaz de Carvalho.
A presença de Portugal em Bolonha conta com a parceria da Direção-Geral do Livro e das Bibliotecas, que assegura uma parte do financiamento total do projeto, cerca de 120 mil euros. A Fundação Calouste Gulbenkian, a Fundação EDP, a Imprensa Nacional Casa da Moeda e a Associação para a Gestão da Cópia Privada (AGECOP) apoiam o evento.