BD: Jean-Claude Denis vence o festival de Angôuleme

Autor do aclamado “Quelques mois à l’Amélie” e da série “Luc Leroi” venceu aquele que é considerado o Nobel da BD

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Capa do aclamado “Quelques mois à l’Amélie” de Jean-Claude Denis

Este ano o grande prémio do Festival Internacional de Banda Desenhada de Angôuleme foi para o francês Jean-Claude Denis, autor do aclamado “Quelques mois à l’Amélie” e da série “Luc Leroi”.

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Este ano o grande prémio do Festival Internacional de Banda Desenhada de Angôuleme foi para o francês Jean-Claude Denis, autor do aclamado “Quelques mois à l’Amélie” e da série “Luc Leroi”.

“O seu traço meticuloso e sensível, a sua paleta de cores espectaculares, o seu sentido da narrativa e a sua escrita fazem de Jean-Claude Denis um artista incomparável”, disse à AFP o crítico e editor de BD Dominique Poncet, comentando o grande prémio. “Com o seu desenho luminoso e elegante, como ele próprio aliás, aproxima-se do realismo ‘à la’ Peyo [autor belga criador dos Estrunfes].”

O prémio, atribuído este domingo naquela cidade francesa, é considerado o Nobel da BD e distingue um autor pelo conjunto da sua obra. O júri da 39.ª edição foi presidido pelo norte-americano Art Spiegelman, criador do mítico “Maus” - única obra de BD a receber um Pulitzer até hoje – e que recebeu o prémio que agora foi parar às mãos de Denis no festival do ano passado.

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Jean-Claude Denis (à direita) após receber o prémio, ao lado do cartoonista canadiano Guy Delisle Pierre Andrieu/AFP

Guitarrista, compositor e desenhador, Jean-Claude Denis, 61 anos, parece um chefe de orquestra, procurando conciliar todas as facetas da sua vida com a actividade profissional. “Jean-Claude vive para a banda desenhada, mas é também um grande ilustrador”, garante Poncet.

Formado em Artes Decorativas, Denis fundou com Caroline Dillard e Martin Veyron o Groupe Imaginon, em 1974, colectivo de artistas com que começou a trabalhar numa série de campanhas publicitárias. Dissolvido o Imaginon para que cada um pudesse dedicar-se à sua carreira individual, Denis voltou-se para a BD nas páginas da revista “Pilote”, onde publica pela primeira vez em 1977. Seria o começo de uma carreira brilhante que o levou a trabalhar para editoras prestigiadas como a Casterman (“Les Aventures de Rup Bonchemin”) e as Éditions Albin Michel (“L’île aux Mainates”).

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