“Governo aceitou a condição da Igreja” quanto à eliminação de feriados
Em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, Álvaro Santos Pereira justificou a escolha do 5 de Outubro e do 1.º de Dezembro como os dois feriados civis a eliminar alegando que “não haveria muito mais alternativas”, porque o Governo não queria acabar com os feriados do 25 de Abril, do 1.º de Maio nem com o 10 de Junho, no qual pretende, aliás, fazer “uma festa nacional mais alargada”.
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Em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, Álvaro Santos Pereira justificou a escolha do 5 de Outubro e do 1.º de Dezembro como os dois feriados civis a eliminar alegando que “não haveria muito mais alternativas”, porque o Governo não queria acabar com os feriados do 25 de Abril, do 1.º de Maio nem com o 10 de Junho, no qual pretende, aliás, fazer “uma festa nacional mais alargada”.
Questionado sobre o que levou o Governo a decidir eliminar igual número de feriados civis e religiosos, e tendo em conta que estes últimos são e continuarão a ser em maior número, o ministro da Economia respondeu: “O Governo aceitou a condição que a própria Igreja [Católica] nos disse”.
“Para a Igreja [Católica] era muito importante haver simetria, e nós concordámos que fazia sentido haver simetria [na eliminação] de feriados civis e religiosos”, acrescentou Álvaro Santos Pereira.
Os dois feriados religiosos a eliminar “serão definidos pela Comissão Paritária da Igreja, que depois transmitirá exactamente essa decisão, no âmbito da Concordata”, adiantou o ministro da Economia.
Quanto à escolha do 05 de Outubro e do 1.º de Outubro, o ministro argumentou: “Se analisarmos o calendário dos feriados civis, se não quisermos alterar o 25 de Abril e o 1.º de Maio, que nunca foi nossa intenção, só poderíamos alterar o 10 de Junho - e o 10 de Junho é um dia de Portugal, das comunidades portuguesas e é um dia que tem de ser reforçado no nosso entender”.
Segundo Álvaro Santos Pereira acrescentou que o exactamente nos momentos de crise realçarmos o orgulho de ser portugueses e realçarmos a unidade que precisamos de ter para vencermos a crise actual”.