Fachada da Casa de Serralves enche-se de graffiti

Foto
Imagem da instalação que inaugura no fim-de-semana DR

Porém, não se pode levar o título da instalação assim tanto à letra: trata-se, na realidade, de projecções, escritos virtuais, que não existem de facto nas paredes da casa. João Paulo Feliciano foi desafiado pela Fundação Serralves a criar um projecto artístico capaz de envolver o público numa acção interactiva através da utilização de recursos tecnológicos como os smartphones e os tablets, seguindo a tecnologia de “realidade aumentada”, ou seja, pinturas e imagens virtuais.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Porém, não se pode levar o título da instalação assim tanto à letra: trata-se, na realidade, de projecções, escritos virtuais, que não existem de facto nas paredes da casa. João Paulo Feliciano foi desafiado pela Fundação Serralves a criar um projecto artístico capaz de envolver o público numa acção interactiva através da utilização de recursos tecnológicos como os smartphones e os tablets, seguindo a tecnologia de “realidade aumentada”, ou seja, pinturas e imagens virtuais.

O projecto, que ainda não foi inaugurado, já começou a dar que falar e nas redes sociais têm-se multiplicado as críticas, que defendem a escolha do artista. Para muitos, as inscrições que aparecem na Casa de Serralves não podem ser consideradas graffiti. Mas a Fundação Serralves explica a escolha: a instalação incide sobre “diversas expressões visuais e linguísticas espontâneas e populares que normalmente podemos encontrar nas paredes do espaço público”.

As inscrições não estão visíveis à partida e por isso a Fundação Serralves convida o público, até 3 de Junho, a explorar e descobrir cada inscrição ao percorrer a Casa, por dentro e por fora, apontando os seus aparelhos (smartphone ou tablet) para as paredes.

Segundo o comunicado da Galeria Cristina Guerra, que representa o artista, esta é uma “recontextualização” que, apesar de virtual, confere um novo carácter às intervenções gráficas: subversivo, por um lado, mas não isento de humor e de sentido lúdico”.

João Paulo Feliciano nasceu nas Caldas da Rainha, em 1963, e da sua obra constam abordagens muito variadas. Nos últimos anos, o artista tem trabalhado muito a ligação da arte à tecnologia.

A instalação abre ao público no sábado às 15h e tem entrada gratuita.