Passos Coelho garante que não pedirá "mais tempo, nem mais dinheiro"
As declarações, em resposta a questões dos jornalistas, foram feitas numa conferência de imprensa conjunta no Palácio de S. Bento com o novo chefe de Governo Espanhol, Mariano Rajoy, que está de visita ao país.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
As declarações, em resposta a questões dos jornalistas, foram feitas numa conferência de imprensa conjunta no Palácio de S. Bento com o novo chefe de Governo Espanhol, Mariano Rajoy, que está de visita ao país.
"Todo o calendário que está fixado tem vindo a ser cumprido", disse Pedro Passos Coelho. "O Governo está empenhado em que este programa seja executado de forma exemplar".
Uma nova ajuda, admitiu o primeiro-ministro, poderá apenas acontecer "por condições externas que não tenham que ver com o cumprimento do programa". E acrescentou que "quem quer cumprir, não começa a dizer que quer renegociar".
A garantia é dada no dia em que o jornal americano Wall Street Journal publicou um artigo em que diz ser provável que Portugal peça um segundo resgate e no qual são antecipadas dificuldades para um regresso em pleno aos mercados em 2013.
Pedro Passos Coelho, também em resposta a uma pergunta dos jornalistas, afirmou ainda que "não haverá excepções na Caixa Geral de Depósitos" no que diz respeito ao corte dos subsídios de férias e de Natal e observou que "a excepção do Banco de Portugal decorre da própria lei", segundo a qual a instituição não tem o mesmo estatuto que o sector público ou o sector empresarial do Estado.
Por seu lado, Mariano Rajoy garantiu que Espanha vai cumprir a meta de 4,4% de défice e mostrou-se esperançado num acordo com os parceiros sociais que permita uma reforma da lei laboral.
O chefe do Governo espanhol notou ainda que devem ser executadas naquele país medidas de crescimento económico e que será preciso esperar para sentir os efeitos das novas políticas que forem adoptadas. Os resultados, disse, "não se vão ver em três meses, nem em seis meses".