Fantasporto regressa com menos Oriente e mais Europa
Além das retrospectivas de Ed Wood, Alain Robbe-Grillet, Karen Shakhnazarov, António-Pedro Vasconcelos e de homenagens a figuras como Mike Hodges (realizador de “Get Carter”) ou o assinalar dos 30 anos de “Blade Runner” e os 100 anos da morte do escritor Bram Stoker, o Fantasporto vai ter espaço para um destaque ao cinema português em duas vertentes: um prémio para filme inédito e outro para uma escola de cinema nacional.
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Além das retrospectivas de Ed Wood, Alain Robbe-Grillet, Karen Shakhnazarov, António-Pedro Vasconcelos e de homenagens a figuras como Mike Hodges (realizador de “Get Carter”) ou o assinalar dos 30 anos de “Blade Runner” e os 100 anos da morte do escritor Bram Stoker, o Fantasporto vai ter espaço para um destaque ao cinema português em duas vertentes: um prémio para filme inédito e outro para uma escola de cinema nacional.
Segundo a organizadora Beatriz Pacheco Pereira, há 33 países representados no Fantasporto de 2012, que começa a 20 de Fevereiro e termina a 4 de Março no Teatro Municipal Rivoli, com um total de 410 filmes.
“Não há Orient Express. Não só não há grandes filmes como o custo era muitíssimo elevado”, quer para trazer as obras em si, quer para as viagens dos autores, explicou Mário Dorminsky na conferência de imprensa de apresentação do festival deste ano, que se realizou esta segunda-feira, no Porto.
O Fantasporto de 2012 vai receber as antestreias mundiais de “A Moral Conjugal”, de Artur Serra Araújo, “In the Dark Half”, de Alastair Siddons, “Bag of Bones”, de Mick Garris com Pierce Brosnan, “A Gentle Rain Falls for Fukushima”, de Atsushi Koratsu, e ainda de um quinto filme, a divulgar, incluído na lista à última hora.
Vai ser feita uma homenagem ao Teatro de Marionetas do Porto, bem como um “cruzamento” com o festival internacional de animação Cinanima.
Segundo Beatriz Pacheco Pereira, o “leitmotiv” da programação deste ano é a fragilidade humana na sociedade, sendo o destaque dado aos filmes de origem europeia que vão ocupar a grande parte do horário das 21h, ao longo das duas semanas.
No ano anterior, o festival contou com uma ocupação de salas na ordem dos 93 por cento, segundo Dorminsky, o que representou 15 por cento do orçamento global do festival, significando que “não há retorno do bilhete”, esperando-se ainda a entrada do apoio do Turismo de Portugal para confirmar os últimos convidados para este ano.
Em simultâneo com o festival, realiza-se o fórum “O futuro agora”, subordinado a 14 temas de diversas áreas, com a participação de um especialista em cada painel, do teatro com a directora do Teatro de Marionetas do Porto, Isabel Barros, à cirurgia com a directora do Centro Integrado de Cirurgia de Ambulatório do Hospital de Santo António, Maria Caetano Pereira.
O festival abre no dia 20 de Fevereiro com uma maratona de Ed Wood no grande auditório, havendo uma sessão dupla “Nosferatu” de Murnau e “Dracula” de Coppola na terça-feira de Carnaval.
A abertura oficial está a cargo de “Shame”, de Steve McQueen, no dia 24, e o encerramento a mãos de “This Must Be the Place”, de Paolo Sorrentino, com Sean Pean, a 3 de Março.