PS “não pode felicitar o Governo” pelo acordo laboral
Em declarações aos jornalistas no Parlamento, Carlos Zorrinho considerou que o acordo tripartido assinado nesta quarta-feira “denota uma enorme falta de ambição” por parte do Governo.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Em declarações aos jornalistas no Parlamento, Carlos Zorrinho considerou que o acordo tripartido assinado nesta quarta-feira “denota uma enorme falta de ambição” por parte do Governo.
Questionado sobre o facto de o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho ter destacado o papel de Cavaco Silva no processo, o líder parlamentar socialista afirmou: “O PS, o Presidente da República, a Igreja e todas as forças que querem intervir no futuro do país têm vindo a apelar ao Governo no sentido de incluir o diálogo social.”
Mas sublinhou que “a qualidade e os resultados são o mais importante”. Zorrinho reiterou que o PS valoriza a concertação social mas lamentou não poder “felicitar o Governo pelo resultado que atingiu”.
Para o futuro, Zorrinho garantiu que, em sede parlamentar, o seu partido terá uma “grande exigência e rigor” para com o Executivo.
Em síntese, as bases do acordo fechado na madrugada de terça-feira e assinado nesta quarta incluem férias mais curtas, bancos de horas e gestão de pontes mais flexíveis, mas sem a meia hora extra de trabalho que o Governo pretendia. A CGTP abandonou as negociações.