Grécia diz ser possível fechar acordo com credores esta semana

Foto
Evangélos Vénizélos, ministro grego das Finanças Foto: Aris Messinis/AFP

Nos últimos dias não houve reuniões entre as partes, depois de o Instituto Financeiro Internacional (IIF, na sigla inglesa), interlocutor dos privados, considerar que não tinha sido alcançada qualquer resposta “construtiva” e que, por isso, precisava de mais tempo.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Nos últimos dias não houve reuniões entre as partes, depois de o Instituto Financeiro Internacional (IIF, na sigla inglesa), interlocutor dos privados, considerar que não tinha sido alcançada qualquer resposta “construtiva” e que, por isso, precisava de mais tempo.

Os credores ainda não se pronunciaram desde que foram hoje retomadas as negociações. Mas o Governo acredita num acordo nos próximos dias. Apesar de se mostrar confiante no fim do braço-de-ferro, esta estimativa do executivo é já um recuo em relação ao que o ministro das Finanças, Evangélos Vénizélos, dissera de manhã, não excluindo que um acordo fosse alcançado até ao fim do dia de hoje.

“A nossa estimativa é de que poderemos ter um acordo antes do fim da semana”, declarou já esta tarde um membro do gabinete de Vénizélos aos jornalistas que esperam em Atenas pelo fim da reunião.

As negociações estão a ser conduzidas ao mais alto nível, com a presença de Evangélos Vénizélos, do próprio primeiro-ministro, Lucas Papademos, e, do lado dos credores, de Charles Dallara, director-geral do IIF, e do negociador bancário Jean Lemierre, do banco francês BNP Paribas.

Por falta de acordo, as discussões foram interrompidas na sexta-feira, quando Charles Dallara e Jean Lemierre – que anunciaram a suspensão dos trabalhos – apelavam dias antes para ser fechado um acordo.

Os credores, que se comprometeram com os líderes da zona euro a negociar um perdão voluntário de parte dos títulos da dívida grega nas mãos dos privados, querem um acordo fechado com base no que ficou estabelecido na cimeira europeia de Outubro.

Isso implica um abate de cerca de 50% da dívida detida pelos privados, equivalente a uns 100 mil milhões de euros nos empréstimos concedidos ao Estado grego.