Professor que se fazia passar por mulher condenado a quatro anos de cadeia efectiva
O tribunal não teve qualquer dúvida em como o professor cometeu os crimes de que vinha acusado, o que foi demonstrado pela "abundante" prova recolhida.
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O tribunal não teve qualquer dúvida em como o professor cometeu os crimes de que vinha acusado, o que foi demonstrado pela "abundante" prova recolhida.
Dos dez arguidos que foram julgados, cinco foram absolvidos de todos os crimes e outros cinco condenados por vários crimes, entre os quais perturbação da vida privada, coacção e ameaça na forma continuada. Entre estes cinco, conta-se, além do professor, inspectores da Polícia Judiciária e detectives, que foram condenados a penas de multa. Entre os absolvidos contam-se agentes da PSP.
Utilizando a Internet e o telefone, Mário Miguel Mendes fazia-se passar por Sofia Sá Guimarães, uma mulher “lindíssima”, segundo a foto que enviava às vítimas, com “sotaque de Cascais”, passando posteriormente a infernizar a vida dos homens que “seduzia” com essa falsa identidade.
Para perseguir as suas vítimas, o professor contratou, a troco de dinheiro, detectives privados e inspectores da PJ para que vigiassem as suas vítimas.
O arguido estava acusado de crimes de denúncia caluniosa, gravações e fotografias ilícitas, ameaça, coacção e perturbação da vida privada, tendo o Ministério Público pedido, nas alegações finais, uma pena de cinco anos de prisão para quem infernizou a vida a dezenas de pessoas.
Durante o julgamento várias das vítimas da falsa mulher loura prestaram depoimento, bem como agentes policiais que fizeram vigilância junto da casa das vítimas para tentar localizar e deter o arguido.