Europol alerta para riscos de aumento de comercialização de pesticidas ilegais
Segundo a entidade responsável pelo controlo do crime organizado na Europa, nalguns países europeus cerca de um quarto dos pesticidas em circulação têm origem no mercado ilegal.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Segundo a entidade responsável pelo controlo do crime organizado na Europa, nalguns países europeus cerca de um quarto dos pesticidas em circulação têm origem no mercado ilegal.
O crescimento dos pesticidas falsificados está relacionado com a ausência de harmonização na legislação, mas também com a oferta de um produto apresentado como tendo "baixo risco e alto benefício".
Além dos riscos para a saúde dos agricultores que os utilizam nas suas culturas, dos consumidores e para o ambiente, devido às substâncias tóxicas que os pesticidas ilegais contêm, a Europol também refere a possibilidade de puderem ser usados para fabricar explosivos "caseiros".
A entidade aponta o exemplo de dois carregamentos por navio de pesticidas ilegais interceptados em Maio do ano passado no leste da Europa e que continham substâncias proibidas na União Europeia devido aos seus efeitos no sistema endócrino.
O comércio ilegal e a falsificação de pesticidas são organizados por redes criminais sofisticadas que desenvolveram cadeias globais complexas e usam empresas legais para disfarçar a sua actividade, explica a Europol.