George Lucas denuncia racismo em Hollywood
George Lucas explicou que enfrentou vários problemas para o financiamento do filme, sobre os pilotos afro-americanos da Tuskegee Airmen que combateram na Segunda Guerra Mundial, tendo pago grande parte da produção com o seu próprio dinheiro.
Segundo o realizador da épica saga “Guerra das Estrelas”, não houve nenhum grande estúdio interessado em apoiar e financiar o filme por não existir nenhum actor branco nos papéis principais.
“Eu mostrei-o [o filme] a todos os grandes estúdios de cinema e todos disseram ‘Não, nós não sabemos como introduzir no mercado um filme como este”, contou George Lucas, responsável pela produção do filme, através da Lucasfilm.
Para “Red Tails”, filme realizado por Anthony Hemingway e com argumento de John Ridley, George Lucas investiu 58 milhões de dólares (45 milhões de euros) e tem ainda um investimento de mais 35 milhões (27 milhões de euros) para a distribuição do filme, que chega aos cinemas norte-americanos a 20 de Janeiro. O filme começou a ser produzido e realizado em1989.
“Eles [estúdios e distribuidoras] não acreditam que exista algum mercado para estes filmes”, continuou Lucas, que através da sua produtora produz a primeira obra em 15 anos não relacionada com as sagas “Star Wars” ou “Indiana Jones”.
O filme de ficção, baseado em histórias verídicas, conta no elenco com nomes bem conhecidos como o vencedor de um Óscar Cuba Gooding Jr, Terence Howard e o cantor Ne-Yo. A actriz portuguesa Daniela Ruah, que tem protagonizado a série “Investigação Criminal: Los Angeles” também faz parte do elenco.
Em 2007, o então presidente dos Estados Unidos, George Bush, distinguiu estes pilotos afro-americanos com a Medalha de Ouro do Congresso.
Na mesma entrevista, George Lucas explicou que normalmente os filmes negros, mesmo os filmes de Tyler Perry (“Porque é que me Casei?”), que normalmente são sucessos de bilheteiras, têm baixos orçamentos, quando comparados com as grandes produções de Hollywood. Uma realidade e uma visão do negócio muito criticada por George Lucas, que garantiu que, por exemplo, “Red Tails”, “custa muito mais dinheiro do que alguns filmes fazem nas bilheteiras”.
George Lucas não é o primeiro a acusar a indústria cinematográfica de Hollywood de racismo. Já em 2008, Spike Lee criticou a ausência de actores negros nos grandes filmes de guerra, destacando os filmes de Clint Eastwood, “As Bandeiras dos Nossos Pais” e “Cartas de Iwo Jima”.
“Ele fez dois filmes sobre a batalha de Iwo Jima, durante a II Guerra Mundial, e não houve um único soldado negro a aparecer”, disse na altura Spike Lee, acrescentando que, por isso, o filme não correspondia à realidade.
Em relação à polémica, Clint Eastwood reconheceu que, de facto, tinha existido uma pequena unidade de soldados negros destacada para Iwo Jima, mas que nenhum desses soldados hasteou a bandeira e que esse era, afinal, o tema do filme. “Se eu tivesse posto ali um actor afro-americano, teriam dito ‘este tipo perdeu a cabeça’. Ou seja, eu não estaria a ser exacto", justificou-se então Eastwood.
Polémicas à parte, George Lucas garantiu que se o filme for bem sucedido nos cinemas e alcançar um lugar cimeiro nas receitas de bilheteira, terá uma prequela e uma sequela.
Entrevista de George Lucas no Daily Show
Trailer de "Red Tails"
Trailer de "Red Tails"
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George Lucas explicou que enfrentou vários problemas para o financiamento do filme, sobre os pilotos afro-americanos da Tuskegee Airmen que combateram na Segunda Guerra Mundial, tendo pago grande parte da produção com o seu próprio dinheiro.
Segundo o realizador da épica saga “Guerra das Estrelas”, não houve nenhum grande estúdio interessado em apoiar e financiar o filme por não existir nenhum actor branco nos papéis principais.
“Eu mostrei-o [o filme] a todos os grandes estúdios de cinema e todos disseram ‘Não, nós não sabemos como introduzir no mercado um filme como este”, contou George Lucas, responsável pela produção do filme, através da Lucasfilm.
Para “Red Tails”, filme realizado por Anthony Hemingway e com argumento de John Ridley, George Lucas investiu 58 milhões de dólares (45 milhões de euros) e tem ainda um investimento de mais 35 milhões (27 milhões de euros) para a distribuição do filme, que chega aos cinemas norte-americanos a 20 de Janeiro. O filme começou a ser produzido e realizado em1989.
“Eles [estúdios e distribuidoras] não acreditam que exista algum mercado para estes filmes”, continuou Lucas, que através da sua produtora produz a primeira obra em 15 anos não relacionada com as sagas “Star Wars” ou “Indiana Jones”.
O filme de ficção, baseado em histórias verídicas, conta no elenco com nomes bem conhecidos como o vencedor de um Óscar Cuba Gooding Jr, Terence Howard e o cantor Ne-Yo. A actriz portuguesa Daniela Ruah, que tem protagonizado a série “Investigação Criminal: Los Angeles” também faz parte do elenco.
Em 2007, o então presidente dos Estados Unidos, George Bush, distinguiu estes pilotos afro-americanos com a Medalha de Ouro do Congresso.
Na mesma entrevista, George Lucas explicou que normalmente os filmes negros, mesmo os filmes de Tyler Perry (“Porque é que me Casei?”), que normalmente são sucessos de bilheteiras, têm baixos orçamentos, quando comparados com as grandes produções de Hollywood. Uma realidade e uma visão do negócio muito criticada por George Lucas, que garantiu que, por exemplo, “Red Tails”, “custa muito mais dinheiro do que alguns filmes fazem nas bilheteiras”.
George Lucas não é o primeiro a acusar a indústria cinematográfica de Hollywood de racismo. Já em 2008, Spike Lee criticou a ausência de actores negros nos grandes filmes de guerra, destacando os filmes de Clint Eastwood, “As Bandeiras dos Nossos Pais” e “Cartas de Iwo Jima”.
“Ele fez dois filmes sobre a batalha de Iwo Jima, durante a II Guerra Mundial, e não houve um único soldado negro a aparecer”, disse na altura Spike Lee, acrescentando que, por isso, o filme não correspondia à realidade.
Em relação à polémica, Clint Eastwood reconheceu que, de facto, tinha existido uma pequena unidade de soldados negros destacada para Iwo Jima, mas que nenhum desses soldados hasteou a bandeira e que esse era, afinal, o tema do filme. “Se eu tivesse posto ali um actor afro-americano, teriam dito ‘este tipo perdeu a cabeça’. Ou seja, eu não estaria a ser exacto", justificou-se então Eastwood.
Polémicas à parte, George Lucas garantiu que se o filme for bem sucedido nos cinemas e alcançar um lugar cimeiro nas receitas de bilheteira, terá uma prequela e uma sequela.
Entrevista de George Lucas no Daily Show
Trailer de "Red Tails"
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