No Porto há uma nova loja dedicada ao graffiti

Chama-se Dedicated Store e abriu há três semanas, no Porto. É a primeira loja na cidade 100% dedicada ao graffiti e promete por isso ser um elixir da novidade

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A Dedicated Store não é um conceito novo, mas existem apenas três lojas em todo o mundo. São lojas dedicadas, exclusivamente, ao graffiti. A primeira do grupo surgiu em Colónia, na Alemanha. Mais tarde, em Portugal, nasceu a Dedicated Lisboa e agora foi a vez da Rua de Cedofeita, no Porto, acolher a ideia.

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A Dedicated Store não é um conceito novo, mas existem apenas três lojas em todo o mundo. São lojas dedicadas, exclusivamente, ao graffiti. A primeira do grupo surgiu em Colónia, na Alemanha. Mais tarde, em Portugal, nasceu a Dedicated Lisboa e agora foi a vez da Rua de Cedofeita, no Porto, acolher a ideia.

Teresa Rafael falou ao P3 sobre a nova loja, da qual é dona em sociedade com Youth One (um dos fundadores do grupo Mundo Complexo). A Dedicated Store é uma loja que funciona como um negócio de amigos, sendo cada um dono da sua própria loja. Babak Soultani, “writer” (graffiter) da primeira geração do graffiti em Portugal e amigo de Youth One, foi o mentor da ideia.

Conceito proactivo

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Tag mais não é do que os riscos vândalos Paulo Pimenta

Porém, apesar de todas as lojas terem um conceito geral bastante idêntico entre si — a venda de objectos (latas, tintas, marcadores, autocolantes, etc) correlacionados com este tipo de “arte urbana” —, cada uma destas três lojas tem particularidades que as distinguem das outras duas.

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T-shirts, latas, marcadores, autocolantes... Paulo Pimenta

A Dedicated Store é “uma loja proactiva na cidade onde se instala no sentido de promover os 'graffiters'" (explica Rafi, alcunha porque gosta de ser tratada a entrevistada). Rafi tem 30 anos e é Mestre em Arquitectura pela Universidade Lusíada do Porto.

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“Entram aqui pessoas de todas as idades!” Paulo Pimenta

Na Dedicated Store Porto prevê-se a organização de eventos todos os sábados, como exposições, concertos ou "workshops", fazem-se estampagens de peças de vestuário ou outro tipo de acessórios e pintam-se as designadas “walls of fame” (muros da fama). “As pessoas podem pedir-nos para pintarmos a parede da sala, do escritório, o carro, o que quiserem”, ressalva a jovem.

Falta de apoios

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Tag mais não é do que os riscos vândalos Paulo Pimenta

No Porto, “a autarquia ainda não está muito aberta a este género de expressão artística”. Lisboa, ao invés, tem a Galeria de Arte Urbana (a GAU), que conta com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa e surgiu, precisamente, “para tornar as coisas mais legais”, prossegue.

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T-shirts, latas, marcadores, autocolantes... Paulo Pimenta

Isto não significa que a expressão grafiteira "tag" ou "bombing" aumente. "Tag mais não é do que os riscos vândalos que vamos encontrando nas paredes das cidades". Rafi afirma que esta vertente do graffiti deve ser punida legalmente mas que, por outro lado, deviam existir murais disponíveis para o efeito.

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“Entram aqui pessoas de todas as idades!” Paulo Pimenta

A loja não é, ao contrário do que se possa pensar à priori, visitada apenas por pessoas ligadas ao graffiti: “Entram aqui pessoas de todas as idades!”. Uma lata, a título de exemplo, pode custar entre os três euros e dez cêntimos (a mais pequena) e os quatro euros (a maior).