MIMA é pré-fabricada e é uma casa portuguesa, com certeza

Custa o mesmo que “um Audi familiar”, está pronta em dois meses, e já quase meio mundo quer esta casa “made in Portugal”

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Brasil, Chile, EUA, Canadá e por aí fora. Bastaram apenas algumas imagens da MIMA House na Internet para que de todos estes países, e de mais alguns, começassem a chover pedidos de encomenda das casas pré-fabricadas criadas pelos arquitectos Mário Sousa e Marta Brandão, 27 e 26 anos, respectivamente.

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Brasil, Chile, EUA, Canadá e por aí fora. Bastaram apenas algumas imagens da MIMA House na Internet para que de todos estes países, e de mais alguns, começassem a chover pedidos de encomenda das casas pré-fabricadas criadas pelos arquitectos Mário Sousa e Marta Brandão, 27 e 26 anos, respectivamente.

Ambos portugueses e a trabalhar a partir da Suíça, é em Viana do Castelo que têm o escritório, a MIMA Architects. Também é no Norte do país que a MIMA House é produzida, o que explica que “já seria possível exportar casas para Espanha, França, países mais próximos”, mas o facto de a maioria dos pedidos serem intercontinentais leva a que esteja a ser negociada a cooperação com fábricas no estrangeiro.

“A distribuição na Europa é fácil, porque a casa já está preparada para ser transportada em camiões”, conta Mário Sousa ao P3, mas a logística para outros países é mais complexa e a “preços absurdos”. Porém, toda esta cobiça significa que o produto criado pelos portugueses tem mercado.

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O sistema de calhas permite um número de combinações quase infinito, diz Mário Sousa José Campos

Explicação para isso? Talvez pelo facto de se tratar de uma casa capaz de ser produzida num mês – ainda que, com o excedente de pedidos, os arquitectos prefiram dizer aos clientes que o tempo de produção é de dois meses –, disponível a um preço base de 43 700 euros, quase o mesmo do que “um Audi familiar”, diz Mário.

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Além de estéticos, os painéis coloridos permitem gerir o clima da casa, ao controlar o nível de luz natural José Campos

O cliente é que sabe

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O sistema de calhas permite um número de combinações quase infinito, diz Mário Sousa José Campos

Na verdade, o que pode fazer este preço variar é a fruição, por parte do comprador, de outro dos atractivos da MIMA House: a possibilidade de personalizar a casa. Existem dois modelos de pré-fabricados: o MIMA studio, de 18 metros quadrados, e o MIMA loft, de 36 metros quadrados (o mais comum). A partir daqui, o cliente pode escolher “materiais diferentes, acabamentos de cozinha ou louças sanitárias diferentes”, explica Marta Brandão.

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Além de estéticos, os painéis coloridos permitem gerir o clima da casa, ao controlar o nível de luz natural José Campos

Algo que também não está incluído no orçamento é o transporte da casa para o terreno escolhido pelo cliente. Importa salientar que tudo isto é decidido muito antes de o pré-fabricado “pousar” no seu último destino. No site da MIMA House, criado pelo terceiro elemento da equipa, Miguel Matos, engenheiro informático, o cliente pode criar e personalizar a sua casa em 3D, e localizá-la no terreno, através do Google Maps.

No fim do processo, a informação chega aos arquitectos, que criam a maquete correspondente e a enviam ao cliente, para que este decida se pretende construir a sua casa, ou não.

A MIMA é composta, sobretudo, por materiais em madeira maciça e por janelas de vidro duplo. No interior da casa existem calhas metálicas, que permitem colocar ou retirar paredes amovíveis, adicionando ou subtraindo divisões à casa, ou oferecendo-lhe um carácter de “open space”. Sobre as janelas ou sobre as paredes podem ser colocados (e trocados) painéis coloridos, na mesma lógica de personalização.