Restaurantes “absorvem” parte da subida dos custos para evitar fuga de clientes

Sector atravessa "maior crise de sempre": empresários da restauração vão suportar parte da subida de custos causada pelo aumento de impostos para evitar perder mais clientes

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“Estou convencido de que na maioria dos casos não vai haver repercussão nos preços na totalidade, porque neste momento o poder de compra dos portugueses é muito baixo”, afirmou o dirigente da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), Mário Pereira Gonçalves.

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“Estou convencido de que na maioria dos casos não vai haver repercussão nos preços na totalidade, porque neste momento o poder de compra dos portugueses é muito baixo”, afirmou o dirigente da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), Mário Pereira Gonçalves.

Para além da subida do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) – na restauração a taxa intermédia de 13 por cento passa para a taxa normal de 23 por cento, em vigor desde ontem –, os restaurantes vão também ter de procurar assimilar aumentos nos custos de contexto como a electricidade, a água e o gás, bem como nos mantimentos.

Apesar de acreditar que os empresários vão absorver parte dos aumentos, Mário Pereira Gonçalves reconhece que vão ser feitos “ajustamentos nalguns preços”, mas que não serão equivalentes ao total desses aumentos, já que “cada empresário vai tentar sobreviver e para sobreviver não pode aumentar muito os preços”.

Redução nas receitas vai ser "uma realidade"

“Os aumentos de certeza absoluta que vão ser nas ementas dos restaurantes. Vai haver alguns preços que vão aumentar, outros que nem tanto”, considerou o presidente da AHRESP, acrescentando que todas as subidas somadas fazem “com que, cada vez mais, a redução nas receitas dos restaurantes seja uma realidade”.

Mário Pereira Gonçalves reiterou que o momento que o sector atravessa corresponde “à maior crise de sempre”, mas apelou aos empresários para que não baixem os braços, mantendo “alguma esperança” por ser uma área que concentra um grande número de empregos em termos nacionais.

“Nós vamos monitorizar ao longo de 2012 toda esta situação e quando chegarmos ao fim do ano vamos mostrar ao Governo que tínhamos razão”, disse o responsável pela associação.