Contratos sem termo atingiram em 2010 o número mais baixo em oito anos

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Foto: Paulo Pimenta

De acordo com os indicadores sociais de 2010, publicados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o número de trabalhadores com contrato sem termo registou uma descida de 2,3% entre 2004 e 2010, mas uma quebra de 1,5% entre 2009 e 2010.

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De acordo com os indicadores sociais de 2010, publicados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o número de trabalhadores com contrato sem termo registou uma descida de 2,3% entre 2004 e 2010, mas uma quebra de 1,5% entre 2009 e 2010.

No ano passado, de um total de 3,844 milhões de trabalhadores por conta de outrem, havia 2,961 milhões com contratos sem termo, o número mais baixo desde 2002, quando o INE contabilizava 2,942 milhões de pessoas nessa situação.

Em 2010, segundo o comunicado do INE, “perto de 57% da população empregada trabalhava entre 36 e 40 horas semanais e 16,5% trabalhava mais de 40 horas semanais”, numa altura em que a taxa de desemprego se situava nos 10,8%.

Horas trabalhadas caíram 1,7%

Em termos de horas trabalhadas, o INE verificou uma redução de 1,7% de 2009 para 2010, menos significativa, ainda assim, do que a registada entre 2008 e 2009, quando estas caíram 3,7%.

Assim, de 2009 para 2010, a percentagem de portugueses empregados que trabalhavam entre 36 e 40 horas por semana passou de 56,1% para 56,8%, enquanto aqueles que trabalhavam mais do que esse número de horas passaram de 17,1% para 16,5%.

Repartidos por sexo, os homens registaram uma redução de 0,2 horas por semana, para 40,5, enquanto as mulheres subiram de 36,9 para 37,2.

Por sector de actividade, os serviços ocupavam 61,4% da população empregada em 2010, acima dos 56,8% que se encontravam nessa situação em 2004, quando quer a agricultura quer a indústria têm vindo a cair desde esse ano.