Os melhores podcasts de 2011
O P3 só chegou em Setembro, por isso pedimos aos especialistas para escolherem o melhor de 2011. Daniel Reifferscheid passou um ano à escuta
1. “Comedy Bang Bang": 196.5 com Andy Richter & Paul F. Tompkins
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
1. “Comedy Bang Bang": 196.5 com Andy Richter & Paul F. Tompkins
“Comedy Bang Bang” atinge frequentemente níveis de surrealismo que outros podcasts apenas ambicionam. Este episódio, a segunda parte de uma entrevista com Andy Richter e o egomaníaco Cake Boss (desempenhado por Paul F. Tompkins), brilha porque o seu estatuto de sequela faz com que, em vez de evoluir lentamente de uma entrevista “séria” para o caos crescente, começa na confusão e lá permanece. Contacto com um falecido Chewbacca a falar directamente do “céu dos wookies”, assassinatos de bolos e licantropia - tudo acontece.
Site: “Comedy Bang Bang”
2. “WTF” com Marc Maron: Entrevista a Todd Hanson
O cómico Marc Maron entrevista Todd Hanson, colaborador da revista satírica “The Onion”. O resultado faz chorar e não é de tanto rir. O veterano Maron tem-se distinguido como misto de cómico, jornalista e psicólogo, e as histórias contadas por Hanson - inclusive a sua tentativa de suicídio - desafiam mais a terceira componente dessa combinação. Voyeurismo puro? Não, porque os assuntos que os dois abordam são universais e a mensagem final traz o tipo de positividade que só quem vasculha frequentemente na escuridão emocional sabe transmitir.
Site: “WTF”
3. “Judge John Hodgman": “Out Of REC-order"
O mote da comédia de John Hodgman é ser sabichão. Da sua coluna no “Daily Show” até ao seu trabalho como escritor, o cómico prima sempre pela sua arrogância. Excelente ideia então empregá-lo como juiz que, em “Judge John Hodgman”, resolve as querelas absurdas dos seus ouvintes. Este episódio é particularmente delicioso por tocar num problema tipicamente do século XXI: o acusado Anthony pediu ao amigo Joseph para gravar programas por ele no seu DVR, mas agora não quer visitar o amigo para os ver e não quer que o amigo os apague. Como sempre, Hodgman insulta todos os intervenientes e ninguém sai da sala satisfeito.
Site: “Judge John Hodgman”
4. “The C.H.U.D. Show": Matt Damon Of A Thousand Faces
O “C.H.U.D. Show” não é para todos. Episódios longuíssimos, principalmente pontuados por obscenidades e piadas sobre actores de filmes de acção de terceira categoria. Mas para quem tomou o gosto, este episódio foi uma delícia. E isto deve-se em grande parte a um diálogo final entre o apresentador Nick Nunziata e o seu amigo Justin Waddell, durante o qual o primeiro tenta explicar a razão de continuar a guardar um DVD de um obscuro filme de ficção científica escandinavo apesar de não ter qualquer intenção de o ver, e daí parte para uma descrição cada vez mais disparatada do enredo do mesmo.
Site: “The C.H.U.D. Show"
5. “Doug Loves Movies": Paul F. Tompkins, Matt Braunger & Megan Neuringer
“Doug Loves Movies” continua a ser um dos podcasts mais produtivos e despretensiosos no mercado. Difícil escolher um episódio: entre a participação do público, a confusão dos convidados sobre o Leonard Maltin Game (um bizarro concurso de conhecimento cinemático) e as reflexões do sempre intoxicado apresentador Doug Benson, o nível em geral (nos episódios ao vivo, pelo menos) nunca desce muito. Esta emissão foi escolhida em parte por causa da presença do sempre hilariante Paul F. Tompkins e, em parte, por incluir um daqueles momentos clássicos, em que um péssimo jogador do Leonard Maltin Game (neste caso, Matt Braunger) ganha o jogo por sorte pura.
Site: “Doug Loves Movies”