Batota: no “Quem é quem?”, a carta das agências é o Orlando
Orlando Andrade é “copywriter” e, para arranjar trabalho em agências de publicidade, reinventou o jogo “Quem é quem?”
“Quem é quem? Tu queres saber! Quem é quem? Tu queres saber!”. Há uns anos atrás, ao fazer “zapping” na TV, seria fácil tropeçar num anúncio do jogo “Quem é quem?”. Orlando Andrade, de 26 anos, foi buscar inspiração neste famoso jogo para "vender-se" na Internet como a pessoa certa para o trabalho de “copywriter”.
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“Quem é quem? Tu queres saber! Quem é quem? Tu queres saber!”. Há uns anos atrás, ao fazer “zapping” na TV, seria fácil tropeçar num anúncio do jogo “Quem é quem?”. Orlando Andrade, de 26 anos, foi buscar inspiração neste famoso jogo para "vender-se" na Internet como a pessoa certa para o trabalho de “copywriter”.
Orlando fez um vídeo de apresentação baseado no jogo “Quem é quem?” que já conta com mais de 60 mil visualizações. Ok, o vídeo não é bem sobre o jogo. É mais uma espécie de CV inovador, seguindo uma nova tendência no mercado de trabalho.
“Eu confesso uma coisa: não estava nada à espera que este filme tivesse esta capacidade viral. (…) [Quando fiz upload] foi numa fase em que já o tinha enviado para algumas agências, [e fi-lo] numa de ‘vou mostrar aos meus amigos e tal’”, diz Orlando ao P3.
O Hulk não emprega ninguém
A questão é que viram-no os amigos e não só. Algumas agências de publicidade também gostaram do toque de criatividade. Algo perceptível apesar de Orlando apenas preferir revelar que o vídeo surtiu “bastante efeito” e que recebeu “muitos contactos” depois de o fazer.
De o fazer, ponto e vírgula: ele e mais alguns amigos. A câmara era do David, a edição, o foque e desfoque foi do Tiago, o jogo era da Rita, mas a ideia, essa, foi do Orlando Andrade. “Fui buscar alguma nostalgia, um jogo que certamente toda a gente jogou, ou conhecia. (…) O ponto de partida foi olhar para mim como um produto a vender (…), dizer quem é que eu sou, pelas características que interessam às agências”.
E, para isso, lá está ele no meio de Zézé Camarinha, Jorge Jesus, Futre, ou até Passos Coelho. “Fiz um guião daquilo que queria dizer, depois pensei em características e só aí pensei em pessoas que tinham as características opostas, para fazer lógica com o jogo”, diz Orlando, ao explicar como escolheu as personalidades.
Tarefa seguramente mais fácil do que imaginar uma delas a contratá-lo para o que quer que seja: “Hmmm…não sei…não estou a ver o Hulk a arranjar emprego a alguém. Trabalhar para o Barack Obama seria sempre interessante, já para Passos Coelho não sei seria tanto, nesta altura, pelo menos. O Sócrates acho que não pode empregar ninguém… Se tivesse de escolher, acho que ia trabalhar com o Paulo Futre, penso que é a pessoa que neste momento tem mais propostas de emprego”.