Pão e café vão ficar mais caros a partir de Janeiro

decisão de aumento vai depender da decisão de cada estabelecimento comercial, servindo pata acomodar a subida do IVA na restauração e electricidade

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O custo do pão, dos bolos e do café vai subir em muitos estabelecimentos comerciais já no início do ano, para acomodar a subida de IVA na restauração e na electricidade. A decisão de aumento vai depender da decisão de cada estabelecimento comercial.

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O custo do pão, dos bolos e do café vai subir em muitos estabelecimentos comerciais já no início do ano, para acomodar a subida de IVA na restauração e na electricidade. A decisão de aumento vai depender da decisão de cada estabelecimento comercial.

A secretária-geral da Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares (ACIP), Graça Calisto, disse ao PÚBLICO que “o ajustamento de preços vai ser incontornável”, pelo aumento de impostos e vários outros factores de produção e das matérias-primas Directamente, não há aumento do IVA no pão, mas a electricidade, componente essencial no seu fabrico, sofre um agravamento de 13 para 23%.

O mesmo acontece na restauração. Esclarece que não existe nenhuma posição consertada do sector, nem mesmo em relação à repercussão do aumento do IVA, porque isso não seria legalmente possível. Vai depender, assim, da decisão de cada empresário, que têm ainda de ter em conta uma forte retracção do consumo, que é da ordem dos 30 a 35% na padaria e entre 40 a 45 na pastelaria.

Aumento ou ajustamento?

Graça Calisto recusa-se a de falar em aumento de preços, mas de ajustamentos. Porque aumento de preços está associado a aumento de lucros para os industriais e não é disso que se trata.

O café, ou a tradicional bica pode subir cinco a 10 cêntimos a partir de Janeiro, reflectindo o duplo aumento do IVA e sobre a restauração. Em declarações à Lusa, Maria José Barbosa, presidente da Associação Industrial e Comercial do Café (AICC), ressalva que esta “é uma opinião pessoal”, pois serão sempre os cafés e restaurantes a fixarem os seus preços. Considera, no entanto, que a bica terá de subir, cinco cêntimos, no mínimo, ou dez cêntimos no máximo.

“Pode haver casas que sacrifiquem as suas margens comerciais e suportem este aumento, mas julgo que serão situações muito excepcionais”, adiantou à Lusa.

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