ONG contabiliza mais de cem jornalistas mortos em 2011

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Dos vários confrontos da Primavera Árabe resultaram as mortes de, pelo menos, vinte jornalistas, em 2011. Mohamed Abd El Ghany/Reuters

Durante este ano, 106 jornalistas foram mortos, em 39 países, segundo dados revelados pela organização não-governamental Campanha por Emblema de Imprensa. Os conflitos da Primavera Árabe estão na origem de, pelo menos, vinte mortes.

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Durante este ano, 106 jornalistas foram mortos, em 39 países, segundo dados revelados pela organização não-governamental Campanha por Emblema de Imprensa. Os conflitos da Primavera Árabe estão na origem de, pelo menos, vinte mortes.

“O último ano foi particularmente perigoso para os profissionais dos media, por causa das revoltas em vários países árabes. Pelo menos vinte jornalistas morreram enquanto cobriam esses confrontos. Uma centena de outros profissionais foi atacada, perseguida, presa e ferida durante episódios no Egipto, Líbia, Síria, Tunísia e Iémen”, afirmou o secretário-geral da Campanha por Emblema de Imprensa, Blaise Lempen, citado pela AFP.

O país considerado mais perigoso para esta classe foi o México, onde, desde Janeiro, doze profissionais perderam a vida, naquele que é o continente onde mais jornalistas morreram (35). Seguem-se o Paquistão, onde foram contabilizadas as mortes de onze jornalistas, o Iraque e a Líbia, onde morreram sete profissionais, em cada país, ao longo deste ano.

No ano passado foram registadas as mortes de 105 jornalistas, menos do que em 2009, quando o número de profissionais mortos atingiu os 122, a propósito do massacre de 32 jornalistas nas Filipinas.