Festival de Paredes de Coura mantém-se mesmo com cortes

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Festival de 2012 realiza-se entre os dias 13 e 16 de Agosto Nelson Garrido

Semanas de "duras" negociações culminaram num acordo entre a Câmara de Paredes de Coura e a Ritmos para garantir a edição de 2012 do festival de música. Já tem até data marcada: 13 a 16 de Agosto.

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Semanas de "duras" negociações culminaram num acordo entre a Câmara de Paredes de Coura e a Ritmos para garantir a edição de 2012 do festival de música. Já tem até data marcada: 13 a 16 de Agosto.

O impasse na confirmação da edição que vai celebrar as 20 edições do festival ficou a dever-se ao corte no apoio financeiro prestado pela autarquia, liderada por Pereira Júnior. Anualmente, eram transferidos para a organização do festival 100 mil euros + IVA e custeada pela câmara toda a parte logística, o que, no total, rondaria os 250 mil euros de apoio. Com menos dinheiro nos cofres da autarquia devido aos cortes nas transferências do FEF (Fundo de Equilíbrio Financeiro), Pereira Júnior decidiu fechar os cordões à bolsa e cortar no apoio prestado ao festival. "Os organizadores não estavam pelos ajustes, mas finalmente conseguimos um consenso de modo a que a câmara diminua a sua comparticipação e o festival seja viável", revelou o autarca ao PÚBLICO.

Em 2012, o corte no apoio autárquico rondará os 70 mil euros. A autarquia vai manter a transferência para a Ritmos, promotora do festival, dos 100 mil euros + IVA, mas na parte logística (inclui a montagem dos parques de campismo e todas as infra-estruturas de apoio ao certame musical) a empresa vai ter de suportar custos na ordem dos 70 mil euros, despesas que anteriormente eram totalmente financiadas pela câmara.

"É um corte de 40%, o que vai tornar a realização do festival muito mais difícil", admite João Carvalho, da Ritmos, a empresa que nasceu com o próprio festival de Paredes de Coura e que agora é também responsável pela organização de outros eventos, como o Optimus Primavera Sound. O promotor explica que o "Paredes de Coura" sem o apoio autárquico é inviável, porque "é um festival feito com poucos patrocínios devido à sua localização: está afastado dos grandes centros urbanos".