Alan Moore defende movimento Occupy contra “misoginia” de Frank Miller

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A máscara que serve de símbolo ao movimento Occupy foi desenhada por David Lloyd Tyrone Siu/Reuters

Há cerca de um mês, Frank Miller escreveu no seu blogue tudo o que pensava sobre o movimento Occupy – e foi duro: “O Occupy não é mais do que um bando de arruaceiros, ladrões e violadores, uma multidão indisciplinada, alimentada por nostalgia do [festival] Woodstock e um sentido podre de falsa justiça. Estes palhaços não podem mais do que prejudicar a América”.

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Há cerca de um mês, Frank Miller escreveu no seu blogue tudo o que pensava sobre o movimento Occupy – e foi duro: “O Occupy não é mais do que um bando de arruaceiros, ladrões e violadores, uma multidão indisciplinada, alimentada por nostalgia do [festival] Woodstock e um sentido podre de falsa justiça. Estes palhaços não podem mais do que prejudicar a América”.

O autor de Sin City ou Dark Knight Returns entende que o movimento Occupy, constituído por um “bando de putos mimados de iPhone e iPad na mão, que deveriam sair do caminho de quem trabalha e procurar um emprego”, “não é um sublevação popular. É lixo”. “Em nome da decência, voltem para casa dos vossos seus pais, seus falhados”, acrescentou.

Alan Moore, anarquista assumido, criador de comics como Watchmen, A Liga dos Cavalheiros Extraordinários e V de Vingança, onde se encontra a máscara do herói popular Guy Fawkes que tem sido usada como símbolo do movimento Occupy, tem uma posição “diametralmente oposta”. Mas Moore não parece surpreendido com a posição agressiva de Miller.

Em declarações à Honest Publishing, uma nova chancela britânica, Alan Moore diz que o texto corresponde ao que esperaria de Miller. “Se fossem um bando de jovens vigilantes sociopatas maquilhados de Batman, ele seria mais favorável”, disse. Moore considera que os protestos “têm sido feitos de uma forma muito inteligente, sem violência, o que provavelmente é outra razão por que o Frank Miller estará pouco satisfeito”.

“Frank Miller é alguém cujo trabalho eu mal olhei ao longo dos últimos 20 anos. Sin City é misoginia não reconstruída, o 300 parecia ser amplamente a-histórico, homofóbico e completamente equivocado”, atirou o britânico, justificando assim o texto de Miller. Alan Moore entende o movimento Occupy como um conjunto de “pessoas normais que reclamam direitos que deveriam ter sido sempre deles”.

Legenda da fotografia corrigida, às 20h43 de 7 de Dezembro