Já se pode urinar e marcar pontos ao mesmo tempo

Empresa britânica criou um videojogo para urinóis e não é necessário inserir moedas para jogar. Só é preciso estar aflitinho

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A par dos videojogos, o objectivo é fazer passar publicidade variada nos ecrãs da Captive Media Luís Octávio Costa

Em casa podemos sempre levar connosco a consola portátil. Mas, pensando melhor, isso só seria adequado para a necessidade número dois. No caso da necessidade número um e das casas de banho públicas, a dificuldade é maior. Ou será mais sensato dizer: “era”?

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Em casa podemos sempre levar connosco a consola portátil. Mas, pensando melhor, isso só seria adequado para a necessidade número dois. No caso da necessidade número um e das casas de banho públicas, a dificuldade é maior. Ou será mais sensato dizer: “era”?

A empresa britânica Captive Media considerou o tempo que os homens passam em frente ao urinol – uma média de 55 segundos – e deu-lhes algo para se distraírem (e competirem): urinóis com videojogos. Apesar de ainda não haver jogos de tiros, já se sabe quais são, nesta aplicação, as balas e a pistola.

Com efeito, alguns bares voluntariaram-se para a experiência e colocaram, em cima de cada urinol, um ecrã LCD de 30 centímetros, que serve para os jogos correrem e serem visualizados.

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Breakout é um dos jogos disponibilizados pela Captive Media DR

A interface de jogo está integrada nos próprios urinóis, através de marcas assinaladas com “Start” (começar), “Left” (esquerda) e “Right” (direita). O “jogador” só tem de direccionar a sua urina para as marcas correspondentes, que um dispositivo de infra-vermelhos faz a leitura e aplica a acção no jogo.

A característica positiva do sistema, para os potenciais compradores, é o facto de não ser necessário mexer na canalização nem comprar novos urinóis para o instalar, revelou Gordon MacSween, um dos criadores, à BBC. Basta o acoplamento, ao urinol, de uma consola externa.

Aliviar a bexiga e resolver um “quiz”

Agora, com o produto da Captive Media, a competição entre o público masculino, na ida aos lavabos, é outra. A empresa desenvolveu, para já, três jogos. Num deles, o propósito é desviar uma mota-de-neve dos pinguins que sobem a montanha; noutro, o objectivo consiste em responder correctamente a um “quiz”; o terceiro é o famoso “Breakout”.

Em todos eles, consoante o tempo e sucesso da performance, é atribuída ao “visitante” do urinol uma pontuação, imediatamente posicionada no "ranking" (visível no ecrã) de quem por ali urinou. Além disso, é possível partilhá-la nas redes sociais.

Um estudo feito pela Captive Media, durante quatro meses, nos estabelecimentos equipados à experiência com o sistema de videojogos nos lavabos, permitiu concluir que, entre 160 entrevistados, 27% passou a frequentar o local por causa dos urinóis, 45% ficava durante mais tempo para jogar (ou seja, bebia mais para poder jogar) e 87% ia dizer aos amigos o que é que tinham visto.

Para além destes números positivos, segundo gerentes de alguns bares e restaurantes do Reino Unido, a higiene das casas de banho masculinas aumentou, visto que, agora, existe uma maior preocupação em fazer pontaria para dentro do urinol.