Dez discos de free jazz que chocaram os nossos ouvidos
O Bodyspace seleccionou uma dezena de obras do "free jazz", estilo surgido em meados da década de 60
O jazz tem mais de um século de vida. Entre os devaneios de Buddy Bolden e as explorações de Peter Evans passaram-se cem anos, tendo o género assistido a milhares de evoluções, transformações, mutações, fusões. E nenhuma terá sido tão chocante quanto o aparecimento, em meados dos 1960s, do "free" jazz.
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O jazz tem mais de um século de vida. Entre os devaneios de Buddy Bolden e as explorações de Peter Evans passaram-se cem anos, tendo o género assistido a milhares de evoluções, transformações, mutações, fusões. E nenhuma terá sido tão chocante quanto o aparecimento, em meados dos 1960s, do "free" jazz.
Enfatizando a improvisação como característica central, o "free" detonou a tradição, menosprezou os conceitos de estrutura, abriu caminho à liberdade total. Essa música incendiária (também denominada “fire music” ou “new thing”) marcou também um ponto de ruptura, sendo ainda hoje mal aceite por muitos, que assumem a cegueira voluntária de dizer que o jazz morreu depois de Coltrane, chamando jazz a apenas algo que replica “ad aeternum” fórmulas gastas até à exaustão, reclamando a obrigatoriedade do “swing”.
O jazz evoluiu e o "free" foi fundamental nessa evolução, estando presente, de forma mais ou menos clara, na música que se faz na actualidade, nas múltiplas correntes que fazem hoje do jazz uma força viva, em cada músico que improvisa energicamente sem medo. Entre gritos, labaredas, rugidos e explosões, aqui ficam dez discos que violentaram os nossos doces ouvidos. Mas nós gostámos muito.
Conhece os dez discos nos cinco artigos à direita.
O artigo completo está no Bodyspace.