Governo chama banca e sindicatos para discutir fundos de pensões dos bancos
Em causa está uma operação, de carácter extraordinário, que envolve as responsabilidades da banca associadas aos reformados bancários e que totalizarão cerca de seis mil milhões de euros.
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Em causa está uma operação, de carácter extraordinário, que envolve as responsabilidades da banca associadas aos reformados bancários e que totalizarão cerca de seis mil milhões de euros.
O encontro, agendado para o início desta tarde, entre o Governo, os sindicatos e a Associação Portuguesa de Bancos foi convocada ontem, apurou o PÚBLICO junto de fonte ligada ao processo, e ocorre horas depois de o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, ter anunciado na Assembleia da República que tinha chegado a acordo com as partes interessadas.
Esta medida é indispensável para permitir ao Governo colocar o défice público no valor acordado com a troika: 5,9%. Uma solução que esteve a ser negociada nos últimos meses e que dividiu os bancos e o Governo.
Vítor Gaspar explicou hoje no Parlamento que “o encaixe vai permitir o pagamento de dívidas das administrações públicas, contribuindo assim para o processo de diminuição do rácio de transformação dos bancos portugueses e o financiamento da economia”.
Notou ainda que o acordo foi celebrado com base “num espírito de diálogo com os bancos e sindicatos, acautelando os direitos dos pensionistas. Os direitos das três partes, Estado, bancos e pensionistas, estão garantidos”.
Para o ministro trata-se de uma transferência “equilibrada” do ponto de vista técnico e protege “os interesses dos contribuintes”.