Google Music é o iTunes para os aparelhos com Android
As editoras EMI, Sony Music Entertainment, Universal e 23 outras editoras musicais independentes irão fornecer os conteúdos que, virtualmente, permitirão aos utilizadores criar uma biblioteca de 13 milhões de canções, escreve a BBC.
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As editoras EMI, Sony Music Entertainment, Universal e 23 outras editoras musicais independentes irão fornecer os conteúdos que, virtualmente, permitirão aos utilizadores criar uma biblioteca de 13 milhões de canções, escreve a BBC.
O Grupo Warner Music optou por não fazer parte deste acordo no imediato. De acordo com o “The Wall Street Journal”, a Warner permanece reticente porque considera que o Google - e principalmente o YouTube - não se têm esforçado o suficiente para combater a pirataria no sector da indústria musical.
Este serviço assume um desafio à preponderância da Apple neste sector, caminho que a tecnológica começou a desbravar logo em 2003, quando lançou a sua loja iTunes. A popularidade dos iPod’s, iPhones e iPads tem feito o resto.
Porém, um novo estudo levado a cabo pela consultora Gartner indica que mais de metade de todos os smartphones vendidos entre Julho e Setembro estão equipados com Android. Isto representa mais de 60 milhões de aparelhos. Por comparação, os aparelhos equipados com o sistema operativo da Apple têm uma quota de mercado de apenas 15%. Em resumo: esta manobra da Google pode fazer uma mossa valente no domínio do iTunes.
Mas o Google não aponta apenas à Apple. Aponta também ao Facebook. Este Google Music serve igualmente para que as pessoas que usam a rede social Google+ possam partilhar músicas com os seus contactos, que podem ouvir a música uma vez em toda a sua extensão sem serem obrigados a comprar a música em questão.
Outra vantagem reside nos preços: as músicas variam entre os 69 cêntimos de dólar (51 cêntimos de euro) e 1,29 (95 cêntimos de euro) e chegam aos utilizadores sem o sistema DRM de protecção contra cópias. O Google oferece igualmente uma faixa musical diferente por dia para download gratuito e irá apresentar, em primeira mão, material exclusivo. Os Rolling Stones e os Coldplay, por exemplo, já fizeram saber que irão disponibilizar no Google Music actuações ao vivo nunca antes divulgadas.
Mas o Google também quer conquistar as editoras mais pequenas e os artistas independentes, tendo criado para o efeito um “canto” chamado Artist Hub.
Os músicos podem criar a sua própria página nesta plataforma por uma taxa de 25 dólares (18,5 euros) e o Google ficará com 30% de cada venda.
Para já este serviço só estará disponível nos EUA e o Google não anunciou quando é que o estenderia ao resto do mundo.