Miguel Relvas: emigração de jovens qualificados pode ser algo “extremamente positivo”

Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares disse no Parlamento que a emigração pode ser “extremamente positiva”

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Segundo Miguel Relvas, actualmente a emigração portuguesa “é uma emigração muito bem preparada” Daniel Rocha/arquivo

O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, considerou esta quarta-feira, no Parlamento, que a emigração de jovens portugueses qualificados sem oferta de emprego em Portugal pode ser algo “extremamente positivo”.

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O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, considerou esta quarta-feira, no Parlamento, que a emigração de jovens portugueses qualificados sem oferta de emprego em Portugal pode ser algo “extremamente positivo”.

“Quem entende que tem condições para encontrar [oportunidades] fora do seu país, num prazo mais ou menos curto, sempre com a perspectiva de poder voltar, mas que pode fortalecer a sua formação, pode conhecer outras realidades culturais, [isso] é extraordinariamente positivo”, afirmou Miguel Relvas.

“Também nesta matéria é importante que se tenha uma visão cosmopolita do mundo”, acrescentou Miguel Relvas. O ministro Adjunto dos Assuntos Parlamentares, que falava durante uma reunião sobre o Orçamento do Estado para 2012, respondeu assim à oposição, que criticou o secretário de Estado do Desporto e Juventude, Alexandre Mestre, por este ter sugerido aos jovens desempregados que saíssem da sua “zona de conforto” e procurassem oportunidades “além fronteiras”.

"Visão pobre" sobre a emigração

Dirigindo-se especialmente aos comunistas, o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares acusou-os de terem uma “visão pobre” sobre a emigração e qualificou de “normal” aquilo que foi dito pelo secretário de Estado da Juventude, num encontro com jovens em São Paulo, no Brasil.

Segundo Miguel Relvas, actualmente a emigração portuguesa “é uma emigração muito bem preparada”, com “jovens altamente bem preparados” colocados em lugares no estrangeiro, e quem afirma o contrário está a olhar para Portugal “a partir do espelho retrovisor do passado”.

“Nós temos hoje uma geração extraordinariamente bem preparada, na qual Portugal investiu muito. A nossa economia e a situação em que estamos não permite a esses activos fantásticos terem em Portugal hoje solução para a sua vida activa. Procurar e desafiar a ambição é sempre extraordinariamente importante”, reforçou.