FAP descontente com demora na atribuição de bolsas de estudo
A Federação Académica do Porto está descontente com a forma como o processo de atribuição de bolsas está a ser conduzido. A organização critica a DGES, a quem atribui a falha
A Federação Académica do Porto (FAP) está preocupada com o atraso na atribuição de bolsas aos alunos do Ensino Superior. Numa declaração à comunicação social [PDF], proferida a 9 de Novembro, o presidente da FAP, Luís Rebelo, relembra que, "ano após ano", os "sucessivos governos não têm sabido ultrapassar os problemas" dos estudantes carenciados e que "este ano não é excepção".
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A Federação Académica do Porto (FAP) está preocupada com o atraso na atribuição de bolsas aos alunos do Ensino Superior. Numa declaração à comunicação social [PDF], proferida a 9 de Novembro, o presidente da FAP, Luís Rebelo, relembra que, "ano após ano", os "sucessivos governos não têm sabido ultrapassar os problemas" dos estudantes carenciados e que "este ano não é excepção".
Com a emissão de "um novo regulamento de atribuição de bolsas", pensava-se que o cenário de atrasos ia mudar, mas "tal não foi suficiente". "Apesar do desejo expresso pelo Ministério da Educação e Ciência de ter as bolsas a ser pagas até ao final de Outubro, isso não aconteceu", garante.
A incerteza desta "má situação" advém, diz a FAP, da Direcção Geral do Ensino Superior (DGES) que fez com que "os requerimentos de bolsa" fossem "analisado mais tarde", "apesar de a regulamentação ter sido publicada mais cedo", garantindo o acesso dos serviços de acção social aos dados "apenas no final de Outubro". "Apesar de os dados estarem introduzidos, os serviços de acção social de cada instituição de ensino superior tiveram que estar sem fazer nada até ao final de Outubro", remata Luís Rebelo.
"Gritante incapacidade de resposta" da DGES
Com a falta de previsão da resolução do problema, a FAP aponta o dedo à "desorganização notória e incompreensível" do processo e da plataforma utilizada para os requerimentos. Segundo o estudante, as associações académicas têm cooperado com a DGES, "dando o benefício da dúvida" e "estando disponíveis para dialogar"; em contrapartida, a DGES tem revelado um "gritante incapacidade de resposta e diálogo".
"O foco do problema são os decisores da DGES, não temos dúvidas." Luís Rebelo acrescenta, ainda, que o "número de estudantes que se dirige" à FAP por "não obterem respostas da DGES" é "demasiado alargado".
A decisão de comentar a situação surge após o Encontro Nacional de Direções Associativas, que decorreu no Porto a 3 de Outubro, em que surgiu a necessidade de manifestar descontentamento com a "composição dos decisores da DGES".